pra sempre tricolor
Portador de Alzheimer, ídolo do Flu luta contra a implacável marcação do tempo
Campeão do mundo em 1962 e um dos grandes ídolos da história do Fluminense, Altair sofre de Mal de Alzheimer, conforme noticiou este Blog do Flu com exclusividade no último dia 6. Desde então, muitos tricolores se engajaram em campanhas, como o Projeto Tricolor Solidário (clique aqui), para arrecadar fundos em auxílio ao ex-jogador, atualmente morando só, embora receba três vezes na semana uma acompanhante, que o orienta quanto aos medicamentos. Sua enteada vive com o marido em Niterói.
Muitos foram os relatos confidenciados à coluna por pessoas ligadas a Altair sobre o estágio da doença do ex-jogador, que, procurado, recusou toda e qualquer tipo de ajuda. Sua condição financeira é estável (tira proventos de aposentadorias e espera pelo prometido dinheiro da CBF aos jogadores campeões mundiais pela Seleção), mas Altair não admite – e até se ofende quando perguntado – estar doente, razão por que se recusa a internar-se.
O Fluminense entrou em contato com Altair, colocando-se à inteira disposição do jogador, que foi assertivo quando abordado sobre o assunto. Este Blog do Flu também telefonou para a casa de Altair e teve confirmada a informação de que, além de Alzheimer, Altair sofre de outra doença, controlada através de remédios. Homenageado no fim do ano passado em Xerém, Altair sequer se lembra de ter estado no CT de base tricolor. É comum também confundir anos e períodos.
Amigo da coluna, da vizinhança de Altair, conta que o ex-jogador é visto frequentemente com outras pessoas no ‘Bar do Firo’, um senhor cadeirante amigo de Altair, como Alcir, outro vizinho, que, dia desses, o encontrou cansado no Largo do Barradas, em Niterói (Altair mora em São Gonçalo). Altair havia sido acolhido pelo dono do bar, que o reconhecera ao encontrá-lo perdido e passando mal. Desorientado, o ex-jogador perguntou o que fazia ali. Recebeu uma garrafa d’água e foi levado de volta pra casa. “O Altair está carente. Precisa de apoio, atenção e carinho”.
Valterson Botelho, produtor e realizador de várias entrevistas com ex-ídolos tricolores – todas publicadas neste Blog do Flu –, conta outra história estarrecedora envolvendo o ex-lateral.
“Garcez, o que eu disse a você, reafirmo: Altair vive um processo de Alzheimer e já está precisando de cuidados. Na entrevista com ele, tive de fazer um esforço danado na edição para buscar lógica entre perguntas e respostas. Perguntei ao Altair alguma coisa sobre o Flu, e ele respondeu que estava triste porque a esposa havia falecido ‘na semana passada’” (NC: a esposa de Altair faleceu em 2006).
Repórter do jornal São Gonçalo, Leonardo Barros também escreve à coluna, para falar da última visita de Altair às Laranjeiras, dia 24 do mês passado. “João, realmente os sintomas do Mal de Alzheimer estão cada vez mais reais, principalmente depois da morte de sua filha. Pude notar isso no dia em que eu e o fotógrafo Kiko Charret levamos o Altair ao clube para uma série de reportagens que estamos fazendo com ex-jogadores de futebol”.
Médico de São Paulo, o doutor Guilherme Henrique Espíndola alerta para a situação de portadores de Mal de Alzheimer, doença que, segundo ele, é irreversível, podendo-se apenas postergar seu avanço.
“Se o Altair não tiver um cuidador integralmente, de nada lhe valerão quaisquer outros benefícios. Há necessidade de ter algum responsável e lhe solicitar todos os documentos possíveis. A piora da doença é inevitável. O que se consegue, com uma certa dificuldade, é postergar o avanço da doença com determinadas medicações. Dependendo do estado da doença, ele não pode mais responder por atos ou demais situações do cotidiano. Sugiro uma consulta médica com um neurologista ou um geriatra que possa orientá-lo sobre a doença, prognóstico, tratamento e todas as demais implicações nos seus cuidados”.
Altair tem médicos, torcedores e o próprio Fluminense querendo ajudá-lo. Só precisa agora ser convencido disso. O tempo urge, o ídolo padece.
Contra este flagelo destruidor do Alzheimer, estamos todos por Altair.
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Sábado, espero você!
No mesmo dia de Volta Redonda x Fluminense, mais cedo, este colunista estará esperando por você, das 11h às 15h, nas Laranjeiras, para o lançamento do livro “Do Suave Milagre à Odisseia do Tri – A Espetacular Saga de um Time de Guerreiros”, o terceiro de uma série iniciada em 2008.
O tricolor, sócio ou não, pode comparecer à sede do clube. Ao chegar à portaria, na Rua Álvaro Chaves, não é necessário identificar-se. Basta dizer que irá ao evento literário ou simplesmente almoçar, já que o estande com os livros estará no saguão entre o restaurante e a sala de troféus.
Para quem desejar adquirir todos os livros da trilogia, aí vai a dica: praticamente esgotados, as últimas unidades de “Epopéia Tricolor – A Conquista do Brasil e a Volta à América”, o primeiro da série, estão disponíveis na loja Só Tricolor da Rua Senador Vergueiro, no Flamengo.
“Libertadores 2008 – O Ano em que a Magia Tricolor Encantou o Mundo”, prefaciado por Pedro Bial, também estará sendo vendido durante o evento. Já o mais novo lançamento, este com prefácio de Roberto Sander, terá preço promocional na manhã/tarde festiva. A obra, que tem 416 páginas, sairá ao valor de R$ 25,00. Mas atenção: só serão aceitos dinheiro ou cheque.
Quem não tem o livro sobre a participação tricolor na Libertadores de 2008 poderá aproveitar também a promoção “casadinho”. Ao valor de R$ 40,00, o leitor leva o segundo e o terceiro livros da trilogia.
Ao contrário de sessões de teatro e cinema, é permitido fotografar e filmar. Vale até curtir uma boa música, tocada por um instrumentista contratado especialmente para a ocasião. A versão clássica do hino tricolor promete emocionar os presentes.
O convite está feito, a porta está aberta e a casa é toda nossa. É aproveitar o sabadão em família para celebrar a felicidade tricolor.
Vai ser um grande prazer! Pra todos nós!
(Para ler a matéria sobre o lançamento no site oficial do clube, clique aqui).
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Preocupado com a batalha de Montevidéu, na próxima quarta, o Fluminense estuda poupar alguns titulares no não menos decisivo confronto na Cidade do Aço. É preciso calcular riscos num momento em que o time está no fio da navalha nas duas frentes. Um resultado adverso poderá deixar o Flu em situação quase irreversível em quaisquer das competições. Apesar de Estadual e Libertadores terem pesos completamente distintos, uma derrota para o Volta Redonda praticamente eliminará o Fluminense, que embarcará ainda mais pressionado para o Uruguai, onde fará um jogo que decidirá a sua sorte no semestre.
Ao encontro disso, recebo e-mail de Alexandre Marinho. O analista de sistemas defende a escalação de um time ofensivo, com três meias e Rafael Moura jogando ao lado de Fred, embora tenham os dois atacantes características muito parecidas.
“Garcez, escalar Fernando Bob contra o Volta Redonda não me parece uma boa ideia. O único resultado plausível é a vitória, qualquer outro não interessa. O Deco (foto) tem entrado bem, e precisamos ter em campo, com certo entrosamento, jogadores que podem fazer diferença. Para mim, o óbvio seria termos Valência, Souza, Deco e Conca no meio. E, por enquanto, eu também não escalaria o Emerson, que está muito ruim. Gostaria de ver o Rafael Moura, mas sei que o técnico tem preferido o Araújo. He-Man estava em grande fase e foi sacado sem explicação”.
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Já este colunista defende a escalação de Araújo e Fred na frente. Émerson e Rafael Moura seriam ótimas opções para mudar o andamento do jogo.
E pra você? Qual o ataque ideal do Flu hoje?
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Perguntar não ofende: será que André Luis volta só para os dois últimos jogos da primeira fase da Libertadores, na qual está inscrito?
Mesmo com a carência de zagueiros (lesão no pé direito afastou Digão por um mês), não concordava com a sua volta. Edinho ou até mesmo Valencia poderiam ser recuados para compor a defesa com Gum. A deficiência na zaga tricolor não é de hoje reclamada pelos tricolores. Rodolfo, preterido por Muricy, cairia como uma luva no time.
O retorno de André Luis se dá agora muito mais por uma situação de completo desespero do que propriamente pela desejo de contar com o futebol do atleta.
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Empossado em 20 de dezembro, Peter Siemsen completou 100 dias na presidência do Fluminense esta semana.
Neste período, renegociou com a Adidas, aumentando uma receita que antes era de R$ 2,5 milhões/ano para quase R$ 9,5 milhões/ano; negocia com a TV Globo cotas superiores ao acordo anterior, mas ainda bem aquém do que receberá a dupla Flamengo e Corinthians; iniciou uma profunda auditoria no clube, que, segundo levantamento das contas de 2010, terá sua dívida aumentada para quase R$ 400 milhões; e lançou um plano de fidelização ao torcedor, embora, neste, tenha se equivocado ao não ter calculado aspectos como horário, localização, falta de transportes públicos após a meia-noite e transmissão em TV aberta para a própria praça antes de vendê-lo ao salgado valor de R$ 80,00/jogo (para as fases seguintes, se o Flu avançar, este valor deverá ser revisto).
Além da dívida estratosférica, o Flu tem mais de 500 ações movidas contra ele na Justiça do Trabalho. Pensando nisso, Peter Siemsen busca aumentar as receitas ordinárias do clube, através de ações agressivas de Marketing. Quer formar ainda ativos que dêem lucros sobre investimentos. Xerém é a menina dos olhos do presidente, que já iniciou as obras no local. Peter repete sempre que aposta muito na prata da casa.
Noves fora a turbulência envolvendo a saída de Muricy, é positivo seu balanço até aqui.
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Sábado a gente se vê. Compromisso marcado.
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Trilogia Tricolor
“Do Suave Milagre à Odisséia do Tri – A Espetacular Saga de um Time de Guerreiros” encerra uma trilogia iniciada em 2008 com “Epopéia Tricolor – A Conquista do Brasil e a Volta à América”, seguida, no ano seguinte, por “Libertadores 2008 – O Ano em que a Magia Tricolor Encantou o Mundo”.
Com prefácio do jornalista Roberto Sander e apresentado mais uma vez por Francisco Horta, espécie de padrinho da série, “Do Suave Milagre à Odisséia do Tri – A Espetacular Saga de um Time de Guerreiros” narra o mais extraordinário (e quase inacreditável) capítulo da história do Fluminense – quiçá do futebol brasileiro e mundial.
A impactante chegada de Fred às Laranjeiras, passando pela miraculosa arrancada em 2009, concomitante à heróica campanha na Copa Sul-Americana, até a fabulosa conquista do tricampeonato brasileiro são todas tratadas nesta obra final, entusiasticamente tricolor.
Para ler, reler e eternizar.
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Será lançado no dia 2 de abril, sábado, das 11h às 15h, na sede histórica das Laranjeiras. Vá, leve a família, almoce no clube e desfrute de um dia agradável no coração tricolor. Espero você.
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A coluna estará em recesso durante os dias de folia e não acompanhará a estreia do Fluminense na Taça Rio, contra o Resende.
Retorna no dia seguinte a Fluminense x América, que se enfrentam na Quarta-Feira de Cinzas, às 19h30.
Bom Carnaval e até a volta!
Uma bandeira que não pára de tremular
Homenagem do Blog do Flu ao glorioso e amado Fluminense Football Club, por seu aniversário de 108 anos de fundação.
Foto: Alexandre Lima
Flu e Ambev fecham parceria de cinco anos
Com duração de cinco anos, Fluminense e Ambev acabam de firmar um inédito modelo de parceria no Brasil, pautado em dinâmico método interativo. Serão ouvidos torcedores, representantes de sites tricolores, organizadas, a Legião Tricolor e até participantes de listas de discussões pela Internet.
O Fluminense é o primeiro clube do Rio de Janeiro a fechar patrocínio com a Ambev, que, face à longeva parceria do Tricolor com a Unimed, não terá exclusividade nas Laranjeiras.
Entusiasmados com os shows da torcida tricolor nos últimos anos, executivos da Ambev traçaram como pilares da parceria melhorias nas performances do clube e auxílio à torcida nas grandes festas por ela protagonizadas nas arquibancadas.
Com apoio de marketing da agência de publicidade África, do Grupo ABC, de Comunicação, a Ambev investirá na fidelização da torcida tricolor à cerveja Brahma e ao Guaraná Antártica. Para isso, a imagem da Brahma será atrelada a ícones do clube como escudo, bandeira e brasão.
Entre os muitos benefícios oferecidos pela parceria está a reformulação integral do Programa Sócio-Torcedor, que passará a ser organizado pelo Marketing da empresa, vez que, na discussão do contrato, falou-se sobre a perda da credibilidade deste projeto, mal organizado em seu formato original.
A partir da venda de produtos com as marcas Flu/Ambev, torcedores, via internet, terão a oportunidade de decidir também em que setor/ação do clube o dinheiro deverá ser empregado. Xerém, piscinas, aparelhagem de musculação aos atletas, materiais para a torcida em grandes jogos são algumas das opções desta novidade, que, claro, dependerá do valor aplicado na compra de determinado produto.
O investimento da Ambev no Fluminense vai variar de acordo com a performance e o sucesso do projeto, tendo a torcida tricolor grande poder de decisão e participação para seu êxito.
Só depende de nós.
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Arte: Erivan Rocha.
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André Lima (foto) e Rafael foram os personagens da modesta vitória do Flu sobre o Resende, por 2 a 1, domingo, em Volta Redonda.
Escalado pela primeira vez como titular, André Lima, contratado para ser o reserva imediato de Fred, não decepcionou, fazendo o que se espera de qualquer centroavante de ofício: gols.
Os dois que marcou foram ótimos para que o jogador ganhasse confiança para a seqüência da Taça Rio, já que Fred dificilmente voltará antes das finais. Quarta, contra o Madureira (19h30, com transmissão do pay-per-view), a dupla André Lima e Alan, que perdeu um gol incrível, deverá ser novamente escalada.
Já Rafael virou personagem pela falha pouco comum em sua carreira, ao não conseguir defender chute de longa distância de Tiago Bastos, depois da bola quicar na risca da pequena área, traindo-o.
Como ótimo goleiro que é, o camisa 1 tricolor, a exemplo de Bruno, do Fla, que também falhou no meio de semana, no Chile, não tem o que lamentar. Errou quando podia errar. Rafael cumpre ótima trajetória no Fluminense e sua média é inferior a um gol por partida.
Diguinho, pelo número de passes errados, Mariano, mais uma vez preciso no cruzamento do primeiro gol, e Conca, que não brilhou mas deu um desmoralizante chapéu triplo no fim da partida, também merecem registros.
O Flu volta a campo agora no meio de semana. Nova vitória deixará a classificação bem encaminhada, já que, a duas rodadas do fim do turno, manterá a diferença para o terceiro colocado, no mínimo, em quatro pontos.
Uma ótima semana a você.
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Flu vem quente
Rafael, Gum, Dalton e Cássio; Mariano, Diguinho, Conca, Willians (Everton) e Julio César; Maicon e Fred.
É com esta formação que o Fluminense deverá estrear domingo no Campeonato Estadual, às 19h30, em Campos. Isso se Cuca optar pelo esquema 3-5-2, que parece ser mesmo seu favorito. Foi com ele que o Time de Guerreiros iniciou sua arrancada no Campeonato Brasileiro, culminando com a heróica permanência na Série A.
O treinador, ao que me lembre, só abriu mão da formação na decisão da Copa Sul-Americana, no Maracanã, quando o time precisava golear a LDU, o que acabou acontecendo, embora não com a diferença necessária.
Numa competição em que a maioria das equipes se notabiliza pela fragilidade técnica – salvo o Caxias e o Macaé, que estão nas Séries B e C do Campeonato Brasileiro, os demais clubes pequenos brigam por vagas na Quarta Divisão do futebol nacional –, Cuca deverá sofrer questionamentos se aplicar repetidamente o esquema com três zagueiros.
Questionamentos com os quais não concordarei (no que tange única e exclusivamente ao esquema, registre-se), visto que a opção por esta formação não significa necessariamente uma equipe cautelosa em suas ações.
Principalmente porque, ao que indica, o treinador passará a escalar um único volante no meio-de-campo – verdade que os meias Willians ou Everton também terão obrigações defensivas – e contará com duas opções ofensivas nas laterais: Mariano e Julio César, eleito o melhor jogador de sua posição no Brasileirão passado.
Há cinco anos, vale a lembrança, Abel Braga, então técnico do Flu, também apostou no 3-5-2 e foi bem-sucedido. Tinha um time ajustado nas mãos e contava com Juan e Gabriel nas laterais, que, técnicos e a mando do treinador, atuavam como alas, servindo Tuta e Leandro Guerreiro na frente, embora este último também caísse pelos lados do campo.
Mariano e Julio César podem não estar no mesmo nível dos ex-laterais do Flu, mas são notadamente bons jogadores. Se o esquema dará certo com eles, só o tempo dirá. Mas a verdade é que o 3-5-2 do Cuca nunca se caracterizou como um esquema covarde.
As notáveis atuações do Time de Guerreiros em 2009, dentro e fora de casa, comprovam a eficácia do esquema.
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Salvaguardando a fragilidade técnica dos clubes de menor investimento, o Estadual deste ano promete ser um dos mais atraentes e badalados dos últimos tempos.
A expectativa, claro, deve-se aos feitos recentes de alguns de seus principais candidatos (títulos brasileiros de Fla e Vasco nas Séries A e B; inesquecível arrancada do Flu) e aos craques que hoje abrilhantam o futebol carioca, como Fred, Conca, Adriano, Petkovic, Dodô e Abreu.
Ótimo tempero para as maiores torcidas de uma cidade que, há quatro meses, foi eleita pela revista americana Forbes a mais feliz do planeta e que possui uma das Sete Maravilhas Contemporâneas do Mundo – o Cristo Redentor.
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Ainda na carona da nota anterior, no âmbito esportivo, não custa enumerar, o Rio de Janeiro sediará os Jogos Olímpicos de 2016, umas das chaves e a final da Copa do Mundo de 2014 (além do centro de mídia), a Copa das Confederações de 2013 e os Jogos Mundiais Militares de 2011. Há três anos, promoveu também os Jogos Pan-Americanos de 2007.
Que o Flu e demais clubes cariocas acompanhem esta retomada da Cidade Maravilhosa no cenário esportivo internacional.
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O Time de Guerreiros agora é exclusividade do Flu.
Não falo dos jogadores, há muito tempo em lua-de-mel com a torcida.
Refiro-me à marca “Time de Guerreiros”, que vem sendo registrada no INPI pela diretoria do clube, para que seja explorada comercialmente.
A ótima idéia foi sugerida por administradores do Portal Pó-de-Arroz, que já trataram, inclusive, de registrar o domínio www.timedeguerreiros.com.br, página que dá acesso ao site oficial do Fluminense.
Gol de placa, que faz deste, agora, um Time de Guerreiros Eterno.
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Em sua reapresentação ao Flamengo, o sérvio Petkovic, de quem sou admirador, cobrou planejamento do clube rubro-negro. Entre uma e outra queixa, disse que um elenco grande e homogêneo seria preciso para a temporada, porque ninguém agüenta jogar sempre às quartas e domingos.
O Time de Guerreiros jogava, Pet!
E olha que ainda viajava à beça.
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Uma iniciativa organizada por um grupo de tricolores institui o dia 21 de cada mês como o Dia da Camisa Tricolor.
Nele, todos os torcedores do Fluminense devem sair à rua com o uniforme do clube na data, a começar já pela próxima quinta-feira, dia seguinte ao feriado de São Sebastião.
Espera-se grande adesão entre os tricolores, já que em 21 de julho, data de fundação do clube, a expectativa é fazer da cidade um mar verde, branco e grená.
(foto: Bianca Barcelos)
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Tartá é oficialmente jogador do Atlético-PR até 31 de dezembro. O meia foi emprestado ao clube paranaense para ganhar cancha em seu retorno ao Flu, em 2011.
Muitos, inclusive eu, consideravam Tartá uma boa opção para a posição na ausência de qualquer um dos titulares. Fora dos planos de Cuca, a diretoria, porém, preferiu emprestá-lo.
Pisada de bola.
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Um dos ídolos tricolores nos anos 80, o ex-atacante Washington, que padece de grave doença degenerativa, foi mais uma vez homenageado pelos torcedores, dia 10, desta vez em Salvador, pela Torcida Organizada Axé Flu.
Recebido com uma estrondosa salva de palmas por um corredor de tricolores que recepcionaram o ex-jogador na sede da organização, no Rio Vermelho, Washington ganhou homenagens, placa e assinou dezenas de camisas comemorativas com seu nome, confeccionadas exclusivamente para a ocasião.
Na festa, Washington, que é natural de Valença (BA), recebeu todo o dinheiro levantado com uma rifa, a exemplo do que já havia acontecido no Jogo das Estrelas, de Zico, no fim de dezembro, e no Washington Day do Rio, antes da partida contra o Atlético-PR, em novembro, quando urnas foram deixadas na rampa do estádio para contribuição dos torcedores.
Entre carinho, capital e homenagens, a torcida de todos é pela recuperação deste grande caráter que é Washington
Dribla mais essa, guerreiro!
(foto: Domingos Dias)
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Tricolores residentes em Salvador que desejam se associar ao Axé Flu devem acessar www.axeflu.com.br
No site, ficarão sabendo também de points de encontros de torcedores do Flu em pelo menos dez estados do Brasil (inclusive Amazonas).
E ainda tem pesquisa que aponta a torcida do clube com irrisório 1% da preferência nacional.
Só contando a do papagaio mesmo…
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Quatro dos cinco primeiros adversários do Flu no Campeonato Estadual foram seus oponentes na decisão das últimas seis conquistas do clube na competição – Americano (2002), Bangu (1985), Volta Redonda (2005) e Flamengo (1983, 1984, 1995).
Coincidência pra lá de inspiradora, não?
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Acabaram as férias, guerreiros!
Agora é à vera!
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O longa mais esperado dos últimos anos
Órfãos de jornadas incríveis, quase milagrosas, ficaram milhões de tricolores no princípio do mês de dezembro. Era o fim da temporada do futebol brasileiro e, conseqüentemente, de exibições memoráveis de um dos mais fantásticos times da história recente do Flu.
Graças a ele, habituamo-nos às emoções de atuações de absoluta superação, protagonizadas por atletas-heróis, que transcenderam até mesmo o contexto semântico natural de “profissionalismo”.
Porque se só profissionais fossem, o Fluminense talvez tivesse sucumbido à maratona esmagadora de viagens e jogos.
A realização do que parecia improvável e, justo por isso, a cooptação de torcedores de todos os cantos fizeram deste um grupo muito especial.
Enquanto dezembro corria, lembrávamos dos gols de Fred, da habilidade de Conca, da virilidade de nossos volantes…
Lembrávamo-nos também de nossos meninos… Os meninos de Xerém, que, encarnando o espírito tricolor, revelaram-se verdadeiras e valiosas pepitas de ouro.
Não esquecemos também de Gum, o grande Gum! Nosso raçudo zagueiro-artilheiro, de comemorações comoventes, como as atuações de todo o time.
Time de Guerreiros.
Eles voltaram, enfim.
Inegavelmente, há muito não sentíamos tantas saudades de um time.
O memorável feito da temporada passada deixou acalentado nos corações tricolores a esperança de um ano auspicioso. De glórias e voltas olímpicas.
Que assim seja.
(arte: Gustavo Pelaez)
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Despedi-me de 2009 prometendo novidades na abertura da temporada do Blog do Flu. Uma delas, infelizmente, não ficou pronta a tempo da coluna de estréia. Por depender de terceiros para efetuá-la, terei de esperar mais alguns dias antes de mostrá-la a vocês.
A outra novidade não poderia ser melhor (nas duas mãos). O Blog do Flu está agora no Twitter (@blogdoflu), ferramenta hoje considerada indispensável entre profissionais de comunicação e outros segmentos. No começo reticente quanto à sua importância e utilização, estou agora mais do que convencido de sua necessidade à informação e interação instantânea. Além do mais, encurta espaços e agrega internautas de todos os cantos do mundo.
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Leandro Euzébio (Z), Thiaguinho (LD), Julio César (LE), Everton (M), Willians (M) e Mateus Paraná (A) são as caras novas do Fluminense em 2010. Contratações cirúrgicas e precisas, já que o Flu carecia mesmo de melhores laterais, além de mais um apoiador (no ano passado, quando atuava no esquema 3-5-2, Conca era o único meia de criação do time; nas poucas vezes em que Cuca optava pelo 4-4-2, González e Marquinho eram as alternativas para a posição).
Com Conca absoluto no setor, quatro deverão brigar por uma vaga ao seu lado. Segundo informações de Vitória (ES), onde o time realiza a pré-temporada, Willians é o favorito para ser titular.
Já Leandro Euzébio destaca-se mais por seu estilo incansável de marcação do que propriamente por sua habilidade. Com características semelhantes às de Gum, deverá ser o reserva imediato do guerreiro tricolor.
Mateus Paraná, ex-Fenerbahçe (TUR) e São Caetano, é um caso à parte: só foi trazido porque Adeílson operou o joelho e estará inativo durante toda a Taça Guanabara. O atacante será avaliado pela comissão técnica durante este período.
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E a recepção calorosa do povo capixaba à delegação do Flu no aeroporto de Vitória, hein?
Incrível o momento e a lua-de-mel que time e tricolores de todo o Brasil vivem.
Sobre este desembarque, um despeitado colunista, dia desses, escreveu que a festa no saguão não se justificava porque tudo o que o Flu havia conseguido era fugir do rebaixamento.
Não entende nada de paixão.
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Estou gostando muito desta gana de bola que Fred vem demonstrando nos últimos meses. O atacante tricolor, ao retornar das férias, chegou a pedir ao preparador físico Ronaldo Torres que o deixasse nos trinques.
Fred quer disputar sua segunda Copa do Mundo, ser campeão pelo Fluminense e fazer 60 gols na temporada.
Tá com tudo o artilheiro.
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Fred, como quase todo o time titular, jogou apenas um tempo na vitória do Flu sobre o Rio Branco, domingo, no amistoso em Caciacica.
Serviu para tirar a ferrugem e a impressão de alguns dos novos jogadores.
Alan e Maurício fizeram os gols tricolores.
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Melhores momentos de Rio Branco 0 x 2 Flu, filmado por Rafael Venturim.
https://www.youtube.com/watch?v=aUKLDm6s8lM
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Lançada no primeiro trimestre do ano passado para saldar dívidas de clubes brasileiros com o Governo Federal, a Timemania II teve sua partilha de arrecadação modificada no último dia 1º. Desde então, as agremiações integradas à loteria passaram a receber valores proporcionais ao total assinalado no item “Time do Coração”, contido individualmente em cada volante. Isto é, na nova divisão será levado em conta o percentual de apostas que cada clube tiver obtido no ano anterior.
Dada a importância do assunto, um pouco mais de divulgação e incentivo – até por parte dos torcedores – se apresentam como necessários para conscientização da necessidade de amortização desta malfadada e milionária dívida tricolor.
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Empresariado por Reinaldo Pitta, Wellington Silva é a mais nova jóia tricolor a deixar o clube. Vendido para o Arsenal (ING), o jogador, que disputou o Mundial Sub-17 com a Seleção Brasileira ano passado, só irá para a Europa, porém, no primeiro semestre de 2011, quando atingir a maioridade.
Não custa lembrar, os gêmeos Fábio e Rafael, transferidos ao Manchester United em janeiro de 2008, sequer chegaram a atuar entre os profissionais do Fluminense.
O que, lamentavelmente, deverá ocorrer também com Wellington Silva.
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Em tempo: como compensação (se é que há alguma aos olhos dos tricolores), o fato de Wellington Silva não ter sido vendido a preço de banana. Detentor de 100% dos direitos econômicos do jogador, o clube embolsará a polpuda quantia de R$10 milhões (R$6,5 milhões já adiantados).
Dinheiro para o pagamento em dia dos funcionários do clube é o que não vai faltar.
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Ainda Wellington Silva. Impressionante sua participação domingo à noite na sensacional virada tricolor sobre a equipe de São Bernardo, cidade que sedia o Grupo F da Copa São Paulo de Juniores.
Com 2 a 0 contra, Wellington Silva tocou com estilo na saída do goleiro, diminuindo a diferença, que logo viraria empate, após jogada iniciada magistralmente pelo meia. A habilidade do jogador no desmoralizante drible à marcação adversária deixou muito tricolor já saudoso de sua prematura saída.
Nos acréscimos, Wellington Silva ainda sofreu o pênalti que resultou no gol da virada e da classificação tricolor à segunda fase da competição, em que enfrentará o Palmeiras.
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A notável virada dos juniores do Flu lembrou a dos profissionais contra o Cruzeiro pelo movimento do placar e por ter acontecido em campo adversário.
Time de Guerreirinhos esse, hein?
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Menos mal que Dori também não tenha sido “vítima” do mercado europeu. Destaque do Flu no Campeonato Brasileiro Sub-20 do ano passado, competição em que o clube terminou em terceiro lugar, o jovem atacante foi “puxado” para o time de cima, como Ferreira (V), Neves (V) e Bruno Veiga (A).
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Dois mil e dez nem bem havia batido ainda à porta quando fui surpreendido pelo sacro e-mail de J. Carlos Maia. Nele, o leitor acusa o colunista de comportar-se em desacordo com as leis divinas, como você confere logo abaixo.
“João, sendo você uma pessoa que acredita em superstições (Gravatinha, Nelson Rodrigues etc), por favor, não mencione Deus nas suas historinhas. Ele não compactua com isso. Trata-se, portanto, de uma heregia”
Esse ano promete…
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Em tempo: o que será que Maia quis dizer ao afirmar que “acredito” em Nelson Rodrigues? Teria sido o grande escritor e dramaturgo uma alucinação coletiva?
Periga milhões de brasileiros que leram e assistiram a suas obras quererem indenizações por esta pseudomentira artificiosa.
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Daquele veeelha série “Perguntar Não Ofende”: por que, pelo segundo ano consecutivo, o Fluminense jogará sua partida de estréia no Campeonato Estadual fora de casa?
Em 2009, foi a Cabo Frio; agora, irá a Campos, enfrentar o Americano.
E o tal rodízio, implantado, por exemplo, no Campeonato Brasileiro?
Entra ano, sai ano, e esta Federação não se emenda mesmo.
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Já estava com saudades. Estamos juntos novamente.
Bom retorno a todos. Até quinta.
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Cândido mundo de luz
- Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
As palavras não eram exatamente novas. Sabiamente, Charles Chaplin já as havia pronunciado quando vivo. Mas eram adoráveis, como a vegetação que adornava aquele singelo parque infantil.
Nele, uma criança, um futuro, uma esperança.
Parecia-me inacreditável que um ser tão jovenzinho já as conhecesse. E que lindo menino! De tão pequeno, fazia parecer um saiote a camisa tricolor que vestia.
Notou a minha aproximação calma e vagarosa. Não se incomodou.
- Olá!
- Olá! – respondeu-me
- Podemos conversar?
Com a cabeça, sinalizou que sim.
- Onde estão seus pais?
Tirando as mãos do balanço, apontou para o alto. Temi.
- É… Estão com Papai do Céu?
Nada me respondeu.
Repentinamente, deixou o brinquedo e começou a percorrer uma trilha.
No fundo, sabia que eu o seguiria. Jamais deixaria uma criança tão solitária se embrenhar em meio a mata fechada.
Poderia se perder, ser picado por uma cobra… E eu sequer sabia onde morava e com quem vivia.
O mistério daquela criaturinha me intrigava. Causava-me angústia e apreensão também. Sentia-me triste por ela.
Mas, ao mesmo tempo, era uma criança cativante. Os animais aproximavam-se dela, cercando-a harmonicamente. Pareciam adorá-la.
Os poucos raios solares que conseguiam atravessar as folhas incidiam sobre ela, dando-lhe uma feição esbranquiçada. Era um lindo cenário o que se desenhava à minha frente.
Fiz uma oração a Deus e agradeci. Sentia-me intimamente conectado com a natureza.
- É por isso que vivo contigo, João!
- Hein? Quem está falando comigo?
- Sou eu, Prince! Sua gata siamesa.
Não, não. Era muita loucura. De hora pra outra, passara a escutar plantas e animais. Numa agradável sucessão de sons, conversavam em perfeita sintonia. E minha gata, Prince, ali, diante de mim, falando comigo.
- Prince???
- Sou eu mesmo, pai! Você não gosta tanto de me chamar de filha? Adoro isso, sinto-me ainda mais amada por você.
Embora ainda não acreditasse no que se passava, sentia enorme bem-estar. Pisava um mundo paralelo, de unidade, respeito e coesão.
- Amo-a mesmo, Prince! Muito! Sinto-me raro e especial quando você pula em meu colo e ajeita-se para que eu a acaricie. Você é uma obra de arte.
- Nós, gatos, cães e cavalos, convivemos com vocês, homens, para lembrá-los a todo instante da existência de Deus. Essa é a nossa missão na Terra: conectá-los a Ele.
O menininho, tomado por pássaros que cobriam sua cabeça e membros superiores, sorria. Já não me parecia mais tão melancólico.
- Infelizmente, estamos perdendo o senso da humanidade sem sequer nos darmos conta disso. São guerras frias, militares, discórdia em família… – disse a ele, com olhar de pesar.
- Recuso-me a vestir uma armadura ou criar uma casca tão grossa que pudesse ferir a quem estivesse próximo a mim. Definitivamente, não acredito que tenhamos de nos tornar pessoas grosseiras, bélicas, que se sentem desafiadas a disputar poder o tempo todo. Tampouco acredito que devemos ensinar nossos filhos a se defender com agressividade – disse o menino, parafraseando Sâmara Magioli.
Prince deu um salto, para que eu a segurasse.
- Seu ronronado é uma delícia, sabia?
- Sabia, pai! Eu o amo e gosto de te agradar.
Emocionado, continuei percorrendo a trilha, agora acompanhado também de minha bela e meiga siamesa.
Era longo o caminho. E íngreme.
Pior: a tarde já começava a cair. Não demoraria, e seria noite.
Atingimos, enfim, o cume.
Petrifiquei, atônito.
Chegara à perfeição suprema.
A cadeia de montanhas delineada pelos últimos raios de sol, o espetáculo da natureza, faria até o mais cético dos homens acreditar na existência de Deus.
Uma bandeira do Fluminense tremulava, do alto.
- O modo como você trata as pessoas determina quem você é.
Nem Prince, nem o menino.
Desta vez, acredite, era o pavilhão tricolor quem falava comigo.
Chorei. Gargalhei. Entendi.
A milagrosa reação, a ode ao heroísmo, a bravura dos jogadores, tudo, tudo determinara o que era aquele grupo que tão dignamente serviu o Flu.
Tal qual me sinto com Prince em meu colo, havíamos sido tratados como torcedores raros, especiais, por testemunhar, em comunhão com os atletas, o que de mais bonito há no futebol e na natureza – o amor.
Amor esplendoroso, absoluto, como o daquele menininho pela natureza, que lhe era recíproco.
Novamente iluminado por uma luz branca, o garotinho deu um último beijo na Prince e apertou-me as mãos, afagando-me também com um abraço.
Ao tatear suas costas, proeminências lhe saíam do corpo.
Asas.
Um anjo se colocara diante de mim, presenteando-me com uma tarde-noite de conto de fadas.
Voou. Talvez ao encontro de seus pais. Ou de seu Pai.
Vi Prince chorar.
- Mas gatos não choram! – exclamei
- Estamos sintonizados com os sentimentos dos homens. É você quem chora, repare.
Viramos e, tomando o rumo de casa, percorremos toda a trilha de volta.
Quando minha esposa abriu a porta, mostrou-se intrigada.
- Por onde estiveram?
Prince piscou os olhinhos para mim, em sinal característico de bondade. Já não podia falar.
Dei um beijo nas duas e entrei.
Quando nos preparávamos para dormir, Chris perguntou se eu havia notado a decoração natalina que aprontara.
Mas, que nada, estava ainda maravilhado e catatônico com a pureza e infinitude dos acontecimentos recentes.
Prince refastelou-se entre nós.
- Amor, você sabe por que gosto tanto de gatos?
- Querido… Está tudo bem?
“Eu adoro os gatos porque adoro a minha casa e, depois de um tempo, eles se tornam a alma visível dela”.
- Feliz Natal, amor!
- Pra você também.
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A foto do menininho que ilustra a coluna foi gentilmente enviada por Alberto Duvivier, usual freqüentador do Blog do Flu e pai desta linda criança, que serviu de inspiração para a redação do conto (na foto, Alberto com seu filho no lançamento do livro “Libertadores 2008”, em outubro; homenagem aos verdadeiros responsáveis pelo sucesso da coluna – os leitores).
Já a arte da cadeia de montanhas com a bandeira tricolor é de Ricardo Lima, a quem também agradeço e parabenizo pela produção.
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A Rádio Canal Fluminense pede seu voto para elegê-la a Melhor Rádio Web de 2009.
Acesse www.canalfluminense.com.br e marque um gol de placa para o Flu.
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Com esta coluna especial, o Blog do Flu se despede de 2009, retornando na primeira quinzena de 2010, com novidades bacanas, que, tenho certeza, irá lhe agradar.
Os comentários enviados à coluna, porém, continuarão sendo aprovados até o fim do ano.
Até lá, seguiremos trocando figurinhas.
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Vai-e-vem de jogadores, renovações, Campeonato Brasileiro Sub-20 e Estadual-2010?
Em janeiro, quando estaremos esquentando as turbinas para o começo de mais uma temporada, de glórias e conquistas tricolores, desejo de todos nós.
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Quer um gatinho como a Prince? A clínica veterinária Petbichos está colocando para adoção um filhotinho abandonado, rajado, de cores cinza e marrom, com apenas 2 meses de vida. O felizardo que adotar este amiguinho poderá atestar o poder de transformação que essas criaturas adoráveis fazem na vida de um homem.
Informações pelos telefones: (21) 2556-8162/ 2265-4337.
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A você que esteve comigo por mais este ano – o terceiro, desde a fundação do projeto Blog dos Torcedores –, o meu carinho e sincero agradecimento pela honra de sua companhia.
Do fundo do meu coração, desejo a você e a todos que ama um sagrado Natal iluminado e um ano novo de muitas realizações.
Dica: aproveite a época para renovar os seus votos e fazer as pazes com quem está triste. Você e seu coração só têm a ganhar.
Feliz 2010!
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E-mails para esta coluna: joaogarcez@yahoo.com.br
Flu na luta pelo bi
Vencedor na categoria Craque da Galera em 2008 com