copa do brasil 2010
Depois de brigar contra o rebaixamento em três das últimas quatro edições do Campeonato Brasileiro – campanhas inaceitáveis para um clube de sua grandeza –, o Fluminense inicia domingo, contra o Ceará, a 40ª edição da maior competição do calendário nacional disposto a desfazer a má impressão deixada.
A contratação do vitorioso Muricy Ramalho abre perspectivas de que o clube num futuro bem próximo, a despeito do elenco ainda modesto, já esteja dispondo de um Departamento de Futebol mais bem organizado e planejado.
Entre os requisitos necessários para uma boa campanha na competição está a aquisição de um equipado Centro de Treinamentos aos atletas profissionais, exigência velada do novo treinador, que já elaborou também uma lista de reforços. Tricampeão brasileiro com o São Paulo, Muricy, face ao longo período de disputa, sabe da necessidade de contar com um plantel técnico e equilibrado no Brasileirão.
Embora estas mudanças, se realizadas, já representem uma melhoria significativa, o patrimônio do Fluminense, como o da maioria dos outros grandes clubes do país, está a anos-luz de bens e ações de tantas outras notáveis agremiações do futebol europeu.
Maravilhado com o que viu na Europa, Ricardo Carvalho, diretor da All Trading Brasil, lamenta o amadorismo administrativo e a falta de iniciativas do Flu. Se no exterior clubes fazem fortunas só com a exploração de suas marcas, no Tricolor, mesmo passado mais de um século de fundação, as coisas caminham com a velocidade de um caramujo e as dívidas arroladas só fazem aumentar.
Conta aí, Ricardo!
“João, fiquei muito impressionado com estádios e CTs que visitei na Europa. Realmente os clubes de lá estão um século à nossa frente. Se algum clube brasileiro tivesse a mesma estrutura de Real Madrid ou Barcelona, por exemplo, certamente conquistaria 90% dos campeonatos sul-americanos. Se já vencem Mundiais com a mediocridade que encontramos por aqui, o que dirá se gozassem de tamanha organização.
“Não sei como ninguém tenta se espelhar naquele modelo. Lá, os clubes são como máquinas de fazer dinheiro. Hoje, um tour no Santiago Bernabéu ou no Camp Nou (estádios de Real e Barcelona) não sai por menos de 17 euros por pessoa (cerca de 39 reais).
“Não à toa. Por trás de tudo, há um grande marqueteiro administrando a marca do clube, vez que, depois de ver todo o estádio, dependências, cabines de transmissão, sala de imprensa e museu sobre sua história, somos levados a uma sala escura com cerca de dez telões (foto), que, simultaneamente, exibem conquistas do clube com um som em alta definição. Depois, sob cantos da torcida, desembocamos diretamente na loja do clube.
“João, saí boquiaberto com tudo que vi, até um pouco emocionado. Torna-se impossível não comprar algo. Se eu que sou tricolor acabei levando camisas do Barça e do Real, imagine, então, os que são efetivamente torcedores daqueles clubes? Eles sabem vender muito bem suas marcas.
“Fica aí uma sugestão para a futura diretoria do Fluzão. Acompanhem de perto a estrutura de marketing de clubes europeus. Seria uma utopia, no momento, querer uma estrutura física como a deles, mas temos uma marca forte, chamada Fluminense.
“Façam um projeto com uma grande empresa de Marketing de nosso país. Uma campanha bem feita, hoje em dia, consegue até eleger um presidente da República…
“Façamos do Fluminense a maior marca do futebol brasileiro. Com o faturamento que ela pode trazer, é possível começar a sanear as finanças e projetar um grande time de futebol, além de esportes amadores. Temos história para isso e muito mais”.
Glória e tradição o Flu tem de sobra, Ricardo! Falta-lhe tão-somente vontade política.
Que ao menos isto os presidenciáveis tricolores nunca percam de vista.
***
Desde que o Campeonato Brasileiro passou a ser jogado no formato de pontos corridos, em 2003, pela primeira vez em sua história o Fluminense iniciará esta competição dedicando-se única e exclusivamente a ela, o que não deixa de ser bom para Muricy Ramalho, especialista na competição, que terá o tempo necessário – e os reforços, como Rodriguinho, vice-artilheiro do Campeonato Paulista – para preparar seu time, fazendo da cada uma das 38 partidas uma verdadeira decisão.
Da última vez que o Fluminense disputou o Campeonato Brasileiro sem a interferência paralela de outras competições, o clube chegou às semifinais e, por pouco, não coroou o ano do seu centenário (2002) com o que seria o terceiro título nacional de sua galeria.
Nem mesmo da Copa Sul-Americana, da qual foi vice-campeão ano passado, o Fluminense, como nenhum outro clube do Rio de Janeiro, disputará este ano. Já a Copa do Brasil, embora ainda em curso, também é passado para o Flu, eliminado nas quartas-de-final para o Grêmio, que devolveu a eliminação de 2005 com as mesmas duas vitórias que o Flu impusera ao Tricolor Gaúcho naquele ano (3 a 0 e 1 a 0).
A eliminação para o campeão gaúcho foi indiscutível e inquestionável. O time de Silas esteve sempre mais organizado e controlou bem a partida, matando o confronto com gols de Hugo e Jonas, respectivamente, um minuto depois das entradas de Willians e Júlio César, alterações que nada acrescentaram ao time, que carecia de mais criatividade, poder de fogo e munição ao ataque, pouco produtivo no Olímpico (foto). Equi González, sopro de esperança de futebol inteligente, só entrou quando a vaca já tinha ido para o brejo. Já Conca, sobrecarregado, só apareceu nas cobranças de falta, sem perigo, que chutou a gol.
Assim, capenga nas laterais e no ataque – Mariano, suspenso, e Fred, operado da apendicite, não jogaram; Thiaguinho, Marquinho, Wellington Silva, Adeílson e André Lima decepcionaram –, o Fluminense não foi páreo para o ótimo time do Grêmio, que se classificou com méritos e parte agora para um confronto sensacional contra o badalado Santos.
Já o Flu tem de reforçar seu elenco e aproveitar o período de 40 dias que terá durante a Copa do Mundo para voltar a disputar dignamente a competição que lhe resta na temporada – e mais importante.
A eliminação deixa lições e a principal delas é de que o Flu precisa melhorar consideravelmente seu plantel.
A corrida já começou e a hora de ir às compras é exatamente essa.
O trabalho de Muricy começa agora!
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O matar ou morrer de Muricy
A volta às Laranjeiras e as barrações de Leandro Euzébio e Júlio César para o jogo da volta contra o Grêmio, quarta, no Olímpico, são as novidades de uma semana cheia que findará com a estréia do Fluminense no Campeonato Brasileiro, domingo à noite, partida que encerrará a rodada de abertura da competição.
Com a experiência de quem foi eleito o melhor treinador do Campeonato Brasileiro em quatro das últimas cinco edições, Muricy Ramalho, há apenas uma semana no clube, está certo em tratar, ao menos por enquanto, apenas do jogo de meio de semana, agora contra o campeão gaúcho.
O Fluminense pode, aliás, ter o próprio Internacional, vice, como fator de motivação extra para alcançar seu objetivo e seguir na Copa do Brasil. Mesmo sem seu time completo, o time dirigido por Jorge Fossati venceu o Grêmio por 1 a 0 em seu estádio, deixando no ar se não seria possível obter a vitória por dois gols de diferença, estivesse com seus 11 titulares.
O Fluminense também não estará completo. Sabidamente, Mariano e Fred fazem muita falta ao time, mas as mudanças promovidas por Muricy – de esquema e jogadores – mostram que o técnico não se deu por vencido e que, ainda que a vaga não venha, não terá acontecido por falta de ousadia. A derrota por 3 a 2 é reversível e o Flu vai ao Olímpico tentar buscar a classificação.
As escalações de Thiaguinho e Marquinho nas laterais são justificáveis: Muricy optou pela retirada de um zagueiro e quis dar consistência defensiva à retaguarda, coisa que não conseguiria com Dieguinho, melhor como ala.
Enquanto os reforços não chegam, Muricy vai se virando com o que tem e vem testando formações mais ofensivas, como a que deverá mandar a campo, com três homens de frente – Wellington Silva, André Lima e Adeílson.
Já Equi González, autor de um dos gols no Maracanã, ficará como opção no banco. Com a escalação do trio ofensivo, Muricy teme ficar com o meio-campo desguarnecido e escalará os “volantes-armadores” Diguinho e Éverton, além de Conca, no setor.
Valente, o Flu vai pra cima no Olímpico. Sem muito a perder, Muricy sabe que a classificação trará mais confiança ao grupo e ao seu próprio trabalho, que está só começando.
Jogão de bola, de desfecho imprevisível.
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Arte: Paulo Muniz.
***
Esta história da apendicite em dois jogadores de ataque do Fluminense vem dando o que falar. A coincidência em curto espaço de tempo é tão improvável que levou Cássio Miranda a fazer um levantamento da probabilidade disso acontecer num grupo de 22 jogadores. Veja.
“Se levarmos em conta que 7% da população têm apendicite em algum momento da sua vida, além de que a expectativa de vida em nosso país é de aproximadamente 70 anos, a probabilidade de dois seres humanos num grupo de 22 jogadores terem apendicite num intervalo de sete dias é de 1 em 123 milhões.
“Se considerada apenas a chance disso acontecer com a dupla titular de uma equipe, aí os números beiram o impossível: 1 em bilhões”.
Para quem achava que o acaso, o impossível, jamais se repetiria no Fluminense depois da Arrancada Tricolor, eis aí uma (in)grata surpresa.
Em tempo: que o imponderável entre em campo também na quarta-feira.
Em tempo II: na foto, Maicon e Fred, dupla infernal que a diretoria irresponsavelmente se apressou em desfazer.
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Não é de hoje que ventilam nas Laranjeiras notícias que a Adidas estaria de saída das Laranjeiras. Parceira do clube desde 1996, quando substituiu a Reebok, a fábrica alemã, ao fim do contrato atual, poderá ser substituída pela Olympikus ou Nike.
A conferir.
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Ih! É Muricy!
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Desbravando o Flu
A torcida ainda chegava ao Maracanã quando soube.
Fred, com dores agudas, estava fora.
Era crise de apendicite, caso igual a de Alan.
Coincidência incrível, que deixa o Flu sem dois de seus atacantes.
Já estava sem Conca, expulso contra a Portuguesa.
E agora perde Mariano, suspenso com três amarelos.
Não vai ser fácil a vida de Muricy.
Que logo em sua estréia, perde a “invencibilidade” particular de dois meses.
Período em que ficou sem trabalhar, como brincou em sua chegada.
Contra o forte Grêmio, os desfalques pesaram. Pesaram muito!
Para o jogo do Olímpico, algumas mudanças já deverão ser promovidas.
Como o fim do esquema 3-5-2, acredito.
Com Equi González no lugar de Digão, que ressente de melhor forma, o time se equilibrou e fez, depois de algum tempo, um razoável segundo tempo.
Verdade que com um a mais, vez que Rodrigo foi expulso no fim do primeiro tempo.
O Flu tinha mais posse de bola, mas o Grêmio tinha mais organização, toque de bola e eficiência nas finalizações.
O trio Borges, Jonas e Douglas, autor de dois gols, barbarizou a defesa do Flu.
É imperioso que Dalton, se se reapresentar ao clube, como determinou a Justiça, ocupe o posto de titular.
Porque o sistema defensivo do Flu, embora Muricy não queira responsabilizá-lo unicamente, vem já há algum tempo sendo a maior dor de cabeça do time.
Setor que inclui Júlio César, mais uma vez risível. Uma sonora e justa vaia lhe foi ofertada quando substituído por Adeílson.
Que, como Equi, teve boa e importante participação.
No segundo gol do Flu, evitando que a bola saísse, só escorou para que o apoiador fuzilasse Vítor.
Pouco depois, em bonita jogada individual, mandou um petardo de longe.
Vítor, que deverá ir à Copa, evitou o que seria o gol do 3 a 3.
Louva-se também a atuação de Mariano, com cruzamentos precisos para os gols de André Lima, com estilo, e Equi González, no segundo pau.
A lamentar somente o inútil cartão que levou semana passada, como aqui escrevi. Desfalcará o time em jogo pra lá de decisivo.
Como também era este, o primeiro da era Muricy, que, vivo, já exigiu reforços para a disputa do Campeonato Brasileiro.
Há nítidas carências no Flu, sobretudo na zaga e na lateral-esquerda. Um homem a mais de criação no elenco também se faz necessário.
A torcida, ciente do trabalho que só se inicia, desta vez direcionou seus protestos.
Júlio César e Marquinhos foram os réus.
Ofensas, por exemplo, das quais não se tornou alvo o time do Grêmio ao entrar em campo, poupado das tradicionais hostilidades cabeludas vindas das arquibancadas.
Torcidas de Flu e Grêmio, ficou provado, se respeitam e admiram mutuamente.
Resta ao Flu fazer dois gols no Olímpico – e não sofrer nenhum, claro.
Missão hercúlea, mas não impossível.
Coincidentemente, Muricy Ramalho iniciou a vitoriosa campanha do tri brasileiro, em 2008, com uma derrota para o Grêmio, dentro do Morumbi. Sorriu ao fim do ano.
Também coincidentemente testemunhei in loco o fim de sua era à frente do clube paulista na derrota por 2 a 0 para o Cruzeiro na Libertadores do ano passado, no estádio do São Paulo.
Como in loco estive agora em seu primeiro jogo à frente do Flu,
Que sejam tempos tão gloriosos quanto aqueles.
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Notável diferença
Fred, ídolo tricolor, faz a diferença.
O estreante Muricy, tricampeão brasileiro, também.
Marco Gall, colaborador de ilustrações do blog, repete a dupla.
Mas nesta quinta, nobre torcedor, faça você também a diferença.
Fluminense x Grêmio será um jogão.
Choque de Tricolores Imortais.
Time de Copeiros x Time de Copeiros.
Queremos o bi da Copa do Brasil.
Um tetra pela frente.
Há respeito e admiração mútuos entre clubes e torcidas.
Glórias, tradições e histórias, recentes até, de superação
A Batalha dos Aflitos, A Arrancada Tricolor.
Episódios sem precedentes que dimensionam a capacidade de Flu e Grêmio na adversidade.
Altruísmo em voga.
Quando que uma agremiação de ponta iria destinar espaço em seu site oficial para parabenizar e desejar sorte a outra numa finalíssima internacional?
Pois o Grêmio, co-irmão sulista, concedeu esta honraria ao Flu na decisão da Libertadores de 2008.
Não há um rival, portanto, apenas um adversário íntimo, de objetivo em comum.
Vá em paz, de peito aberto ao Maracanã.
Saudemos o Flu, seu novo treinador, uma nova era anunciada.
Uma era de crescimentos, esperamos.
“Crescer significa mudar e mudar envolve riscos, uma passagem do conhecido para o desconhecido”.
Digão, Marquinho e Wellington Silva, testados por Muricy, devem ir a campo.
Para a maioria da torcida, não há restrições ao zagueiro e ao atacante, embora o mesmo não se possa dizer do provável substituto de Conca, suspenso.
Sobra a ele disposição, é verdade, mas Marquinho é jogador limitado tecnicamente.
Enquanto isso, Equi González, estranhamente, segue de fora do time.
Alguma lógica há de ter. Talvez, quem sabe, a de que Marquinho, por já vir entrando, sinta menos o peso do jogo decisivo.
Mas deixemos Muricy trabalhar.
O homem é vitorioso e conta com o apoio da esmagadora maioria dos tricolores, recepcionistas da noite de quinta.
Que façamos a ele e a todo o time festa parecida à testemunhada pelo treinador num dos dias mais tristes de sua carreira – dois mil e oito vive.
Não subjuguemos os impulsos, torçamos a valer, paixão é paixão.
Afinal, se o nosso amor pelo Flu é capaz de mover montanhas, o que dirá do pobre Maracanã – suntuoso, mas de dimensão infinitamente inferior.
Vai tremer!
O Flu precisa de você.
Faça a diferença!
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“Novo mundo, grande horizonte.
“Abra os olhos e veja que é verdade.
“Novo mundo, do outro lado das assustadoras ondas azuis”.
David Wilcox
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E-mail do autor da tela: marcogall@gmail.com
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Começo da era Muricy
Prestes a fechar suas portas para reformas com vistas à Copa de 2014, o Maracanã terá neste meio de semana os jogos de maior apelo no semestre até aqui.
Na quarta, Flamengo e Corinthians, clubes das maiores torcidas do país, duelarão pela Taça Libertadores da América.
No dia seguinte, às 21h30, outro choque de gigantes: Fluminense e Grêmio, pelas quartas-de-final da Copa do Brasil, farão um clássico também cercado de muitas expectativas, que marcará o início da era Muricy Ramalho à frente do comando técnico do time de Fred e Cia.
Sonho de consumo do novo comandante tricolor, Conca, expulso contra a Portuguesa, não estará em campo. Já Fred, outro que conta com a admiração de Muricy, está confirmado no ataque tricolor, provavelmente ao lado de Wellington Silva.
O time, como adiantou o novo técnico, terá um desenho tático muito semelhante ao que Cuca vinha adotando. “Não adianta eu chegar e mudar tudo em três dias”. A única novidade ficará mesmo por conta do substituto de Conca, vaga que possivelmente será ocupada por seu conterrâneo Equi González.
Em que pese seu currículo vitorioso e o fato de ter sido campeão por quase todos os clubes que passou, Muricy Ramalho carrega a fama de “enfear” os times que dirige.
Não que seja avesso ao jogo bonito. Mas entre suas convicções está a de que uma taça conquistada vale muito mais do que um repertório de jogadas que levantem a torcida.
Foi assim no São Paulo, tricampeão brasileiro, mas de futebol insosso.
Com a escassez de títulos importantes que vem acometendo o clube nos últimos anos, o Fluminense deu de ombros para isso e resolveu apostar no trabalho do treinador mais vitorioso da década.
O Blog do Flu, a despeito da demissão de Cuca, entende que Muricy Ramalho, na falta daquele, seria a única opção, neste momento, capaz de desenvolver um trabalho eficiente à frente da comissão técnica do clube.
Que sua estréia, “meu filho”, seja inesquecível! Pra você e pra toda a nação tricolor.
Casa cheia, com certeza!
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Gostei da declaração de Muricy de que pretende utilizar o Vale das Laranjeiras, em Xerém, para treinamentos do time profissional. Ao menos enquanto a Unimed não viabilizar o já prometido CT na Barra da Tijuca.
Ares de modernização, enfim.
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Muricy vinha flertando com o Fluminense já há alguns anos. A admiração do treinador pelo clube não é de hoje. Lembro com clareza do que disse Muricy à imprensa paulista, que o instigava sobre um suposto favoritismo do São Paulo no confronto que faria com o Fluminense pelas quartas-de-final da Libertadores de 2008.
“Gente, vocês estão brincando. Vamos enfrentar o Flu-mi-nen-se (disse, pausadamente). Este clube é muito grande”.
O tempo mostrou que o temor de Muricy era justificado. Com um gol de Washington no último minuto, o Flu eliminou o então bicampeão brasileiro e partiu para o confronto com o Boca Juniors (ARG).
Um ano antes, já com Muricy no comando, o São Paulo sofrera uma de suas raras derrotas em casa no Brasileiro justamente para o Fluminense – 1 a 0, gol de Somália.
De volta a 2008, também no Morumbi, o São Paulo armou a festa para comemorar com uma rodada de antecedência o tricampeonato brasileiro. O adversário? O Flu, que, claro, estragou a festa de Muricy e companhia – 1 a 1, gol de Tartá.
Detalhe: com três gols de Washington, o Flu já havia vencido o adversário paulista por 3 a 1 no turno da mesma competição.
Não acabou. O São Paulo tentaria um inédito tetra em 2009. Sua espinhosa caminhada começou com uma derrota fora de casa. Acertou: 1 a 0 Flu, no Maracanã, gol de Maurício. E lá estava Muricy, no pós-jogo, justificando mais um revés frente ao Tricolor (o único, para Nelson Rodrigues), agora dirigido por ele.
Com o Flu sendo tantas vezes “estraga-prazeres” de Muricy, o treinador finalmente rendeu-se ao clube e juntou-se ao antigo adversário.
Vez que não pôde com ele.
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O site Fluminense Eterno Amor (FEA) está com novidades que vão agradar em cheio o torcedor. A começar por seu novo visual, repaginado e atraente.
A equipe do FEA está promovendo ainda uma promoção entre as mamães tricolores que estiverem cadastradas no site (www.flueternoamor.com) até o Dia das Mães, em 9 de maio. Nesta data, serão sorteadas duas camisas oficiais do Flu (brancas), oferecidas pela loja Só Tricolor, de Petrópolis.
Clique lá e concorra.
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Arena Flu. Empenhados na concretização do sonho, idealizadores da Arena Flu correm para regularizar toda a parte jurídica do processo.
A grande novidade, porém, ficará para julho, mês do aniversário de fundação do clube, quando passarão a ser vendidos produtos da Arena Flu, com vistas à arrecadação de fundos em prol do projeto.
Com fôlego de sobra, a Arena Flu ganha forma a cada dia.
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Não entendi por que alguns veículos de comunicação noticiaram ser o Botafogo o único tetracampeão estadual do Rio de Janeiro.
Desde 1996, quando o STJD, em caráter final, declarou Flu e Botafogo campeões do polêmico título de 1907, o Tricolor ratificou, de fato e de direito, o tetracampeonato estadual de 1906 a 1909.
O resto é papo de jornalistas passionais.
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Bem-vindo, Muricy! Que a sua passagem no Fluminense seja duradoura e marcada por muitas conquistas e profissionalização no Departamento de Futebol do clube.
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Anunciado, enfim!
Começa a era Muricy Ramalho no Fluminense. O técnico eleito quatro vezes o melhor do Campeonato Brasileiro – 2005 a 2008 – comanda o time já nesta quinta, às 21h30, contra o Grêmio.
Fredômeno
No começo, eram 64.
Agora, apenas oito.
Entre eles, de novo, o Fluminense.
Doce rotina, que acompanha o clube desde 2005.
De lá pra cá, ou o Flu é campeão, ou é finalista, ou é semifinalista ou, na pior das hipóteses, pára nas quartas, caso do ano passado.
Neste, porém, o Flu quer mais.
Terá pela frente um simpático choque de Tricolores com o Grêmio, co-irmão do Sul.
Pela quarta vez o duelo se repete na Copa do Brasil.
Diferentemente de Flu x Portuguesa, até então inédito.
Foi fácil e não foi.
Porque o Flu não foi o Flu e foi.
Erros que se repetem.
Time de um tempo só.
O que há, afinal, com ele, incrivelmente incapaz de se manter regular dentro de uma mesma partida?
Neste Flu, de regular, só mesmo Fred.
Que com os três gols que marcou só não poderá pedir música no Fantástico porque não era este embate de fim de semana.
Já marcou seis vezes em cinco jogos, o que lhe dá, por ora, a condição de vice-artilheiro da competição, só atrás de Neymar, com nove.
Chega a 35 em 51 partidas.
O Flu vai se tornando dependente de Fred.
Que, ao menos nos últimos jogos, vem se tornando cada vez menos dependente dos passes de Conca, que voltou a jogar mal.
Envolto em problemas com seu empresário, que quer negociá-lo com o futebol português, o meia argentino parece ter perdido a tranqüilidade.
Foi expulso pela segunda vez só este ano, prejudicando consideravelmente o time neste, pelo sufoco final, e no próximo confronto, quinta que vem.
A falta de ataque de Conca não custou ao Fluminense o único cartão bobo da partida.
Mariano, por retardar um lateral, também recebeu o seu quando o Flu já vencia por 3 a 0.
Poderá pendurá-lo mais adiante.
Pisadas de bola também fora de campo com o interino Mário Marques.
Que sacou Wellington Silva, dos poucos a puxar contra-ataques, para a entrada de Diogo.
A torcida não lhe poupou.
Classificado pelo técnico campeão de juniores como o jogo mais importante de sua vida, Flu x Portuguesa foi o primeiro da era pós Cuca.
E se ao ex-treinador faltou tato por parte da diretoria, das arquibancadas, sobrou-lhe carinho.
Cuca teve seu nome gritado pelos torcedores antes do jogo.
Deve ter gostado do que ouviu e viu, porque o primeiro tempo do Fluminense foi mesmo arrasador.
Mas o segundo deve ter-lhe despertado amargas lembranças, como as dos fatídicos Fla-Flu e Bota x Flu do Estadual.
O Flu anima e decepciona.
Rejuvenesce e envelhece.
Que Muricy, o provável substituto, tenha a sabedoria de poupar nossos fios de cabelo.
Bom feriado!
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Valeu, Guerreiro!
No futebol não existe gratidão.
Muito menos compaixão.
Reconhecimento, então, na maioria dos casos, só póstumo.
Depois de se atirar, de corpo e alma, ao desafio de tentar o impossível – e conseguir –, Cuca não é mais técnico do Fluminense.
Pesou contra ele o insucesso no Campeonato Estadual.
Curiosamente, a competição de menor importância das três que participou.
A façanha incomparável no Campeonato Brasileiro e o vice-campeonato da Copa Sul-Americana, para os mandatários do clube, parecem ter sido obras do acaso.
Cuca deixa o Flu com um aproveitamento beirando os 70%.
Foram apenas seis derrotas em 46 partidas.
Números que fisgam a memória.
Cuca teve a coragem de assumir o Flu quando a própria diretoria já não acreditava mais no milagre da salvação.
Foi o único também a mostrar firmeza ao barrar os figurões que todos desejavam fora do time mas que ninguém tinha peito para tirá-los.
Cuca o fez, chamou Xerém e operou o milagre da transformação.
O jogo virou, o Flu se agigantou e a torcida veio junto.
Estava formado o imbatível Time de Guerreiros.
Ou quase imbatível, sucumbido na altitude de Quito.
Jogar agora às costas de Cuca a culpa exclusiva pelo insucesso no Estadual é uma tremenda covardia.
Foi Cuca, por acaso, quem vendeu Maicon ao exterior?
Ou quem andou atrasando salários?
Foi ele, também, quem não depositou o fundo de Dalton?
Será ainda do treinador o desejo agora de se desfazer de Conca, que só não sai por sua vontade?
Cuca cometeu erros, claro. Ninguém o está isentando de culpa.
Andou vacilante em escalações e se equivocando em substituições.
Algumas determinantes, em jogos importantes, seu maior pecado.
Tinha, porém, respaldo do grupo, que reconhecia sua capacidade de organizar times.
Sua demissão acontece após uma vitória, no Canindé, e a três dias de um jogo decisivo da Copa do Brasil.
Como é formidável essa diretoria do Fluminense…
Enquanto isso, Ney Franco, rebaixado com o Coritiba, é mantido no cargo e sagra-se campeão paranaense.
Já Mário Marques, apenas um dia depois de conquistar o título de juniores da Taça Guanabara, é anunciado provisoriamente no cargo.
Esquentará o banco até a chegada de Muricy Ramalho, o mais cotado.
Que, profissionalmente, goza da simpatia da coluna, a despeito de seu último trabalho, péssimo, no comando do Palmeiras.
Nem mesmo no São Paulo, clube onde sagrou-se tricampeão brasileiro, foi perfeito.
Foi no comando do Internacional, em 2005, onde Muricy esteve impecável.
Os VTs da época não me deixam mentir.
Mentiras, aqui, só as da diretoria tricolor.
Que demitiu o treinador quando este chegava para o treino da tarde.
Nem deste constrangimento Cuca foi poupado.
É triste, muito triste, a desordem que impera no Fluminense.
Vítima de sua própria administração.
Cuca se foi.
Alguns hão de dar graças a Deus por sua saída.
Mas a maioria esmagadora há de dar graças a Cuca o fato do Flu estar hoje na elite do futebol brasileiro.
Que uma homenagem lhe seja rendida.
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Sempre Fred
Os jogos de ida das oitavas-de-final da Copa do Brasil, se não garantiram, deixaram bem encaminhadas algumas classificações à próxima fase.
Casos de Fluminense, Grêmio e Vasco, que ficaram numa boa.
E, claro, do Santos, numa ótima.
Este, sim, garantido, pode-se dizer.
Porque as chances da vaga lhe escapar são as mesmas de não haver enchentes no Rio de Janeiro em dias de temporal.
O Santos é a sensação do futebol brasileiro na temporada.
Encantamento que anda faltando, por exemplo, ao Fluminense, de futebol pobre e cada vez menos vistoso.
Como o do primeiro tempo contra a Portuguesa, no Canindé.
Quarenta e cinco minutos sofríveis.
Menos mal que o time voltou para o segundo, lembrando-se do compromisso que tem com ele mesmo, com o clube e com seus torcedores, como disse Fred, ao fim.
E foi dele, de Frederico, mais uma vez, o gol solitário da vitória tricolor.
Em 50 jogos com a camisa tricolor, já marcou 32 vezes.
Que lhe conferem o bom aproveitamento de 0,64, superior a um gol a cada dois jogos.
Ah, se todos os “chinelinhos” e “surfistas” do Flu repetissem Fred…
Não afina, chama a responsabilidade e cresce nos jogos importantes.
Como em praticamente todos os da arrancada do Campeonato Brasileiro.
Ou ainda nos da Sul-Americana.
Fora dele, no Chile e no Paraguai, os gols também solitários contra Universidad (este que hoje lidera a chave do Fla na Libertadores) e Cerro Porteño.
Se a coisa aperta, Fred resolve.
Registrem-se também as boas atuações de Diguinho e Mariano, que achou o artilheiro quase na meia-lua, servindo-lhe, antes que dominasse e fuzilasse o gol da Lusa.
Conca também merece nota porque chega ao segundo jogo seguido sem atuar bem, fato pouco comum este ano.
Comum mesmo só o problema crônica na lateral-esquerda.
Sem Júlio César, barrado, Marquinho entrou e tratou de ser expulso, reforçando a necessidade de um jogador para a posição.
No meio, Willians entrou no fim só para cometer uma falta desnecessária na intermediária.
Como JC, Willians é outro que ainda não disse a que veio.
Menos mal que a falta não deu em nada e o jogo terminou mesmo 1 a 0.
Uma coisa, porém, tem de ser dita.
Em competições eliminatórias, reconhecidamente, é importante saber jogar com o regulamento, como o Flu o fez mais uma vez.
Mas é verdade também que, com o futebol que mostrou quarta à noite, o Fluminense terá muitas dificuldades contra Grêmio e Santos, prováveis futuros adversários, caso confirme mesmo sua classificação, quinta, no Maracanã.
Se ao menos ainda contássemos com os Guerreiros…
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Esta coluna é publicada duas vezes por semana (geralmente às segundas e quintas), sempre nos dias seguintes aos jogos do Fluminense.
À mineirinha, copeiros despacham Zebu e estão nas oitavas
Duas vezes finalista e uma semifinalista em três de suas quatro últimas participações na Copa do Brasil, como quem não quer nada, lá está mais uma vez o time de copeiros do Flu entre os 16 finalistas da edição deste ano.
A classificação para as oitavas-de-final foi construída em jogo único, com a vitória de 2 a 0 sobre o Uberaba, que tem o simpático Boi Zebu como mascote.
Abatido, porém, impiedosamente pelo garoto Alan, que voltou ao time em grande estilo, marcando dois golaços, sobretudo o segundo, plasticamente belíssimo.
Atuação que, ao que tudo indica, devolverá a ele o posto de titular, antes com Wellington Silva, que sucumbiu à pressão ao ver-se repentinamente absoluto da camisa 10.
Que de tão sagrada, cairia também muito bem em Fred, como Conca, estrela da companhia, mas que mais uma vez contundiu-se gravemente em terras mineiras, seu estado natal.
A lesão do craque tricolor foi a nota triste da noite festiva do Flu.
Noite que não teria nada de animada se Dalton, logo no primeiro minuto, não interceptasse, na pequena área, cruzamento que teria endereço certo.
Nem se Rafael não tivesse voado, aos três, para espalmar com a ponta dos dedos chute que morreria em seu canto direito. Grande defesa!
Ou ainda se Sobrenatural de Almeida não tivesse baixado no Uberabão, com picardias ao time local, desviando para a quina do travessão chute de Thiago Marinho que entraria na gaveta.
O Boi Zebu mostrava-se intimidado perante o Boi da Cara Preta de Nelson Rodrigues.
Mas a noite era mesma de Alan, que já se engraçava, aos 14, em linda tabela com Conca, mas concluída pela linha de fundo.
Arremate que mudaria de destino pouco depois após preciso passe de Fred, desta vez não perdoado por Alan.
Conca atuava bem e queria jogo, Diguinho e Everton não acompanhavam seu ritmo.
Mas foi pela lateral direita que começou a jogada do gol da classificação tricolor. Mais uma vez pelos pés de Mariano, que depois de lindo “come”, cruzou de trivela para Alan completar de primeira. Golaço!
O placar garantia o passaporte tricolor às oitavas e o jogo, então, caiu de produção.
Marquinho, Wellington Silva, que entraram no segundo tempo, pouco alteraram o panorama da partida. Nem André Lima, substituto de Fred.
Classificado entre os 16 finalistas, o Flu espera agora por Ponte Preta ou Portuguesa, que empataram em 1 a 1, em Campinas.
E volta as baterias ao Campeonato Estadual para o confronto deste domingo com o lanterna Resende, às 17h, em Volta Redonda (a TV Globo/RJ transmite).
Sem Fred, mas talvez com Gum.
Pode valer a liderança do Grupo A.
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A diretoria ainda não bateu o martelo, mas, após o fechamento do Maracanã, é grande a possibilidade do clube levar para Volta Redonda os jogos em que o Fluminense tiver o mando de campo na disputa do Campeonato Brasileiro.
O Engenhão, uma das alternativas para a capital, embora não esteja oficialmente descartado, não agrada, sobretudo pela baixa assiduidade de torcedores do Flu quando o time joga no estádio, que parece não ter caído mesmo no gosto dos tricolores.
Outro fator que pode pesar na escolha do Raulino de Oliveira é o bom retrospecto do Flu na Cidade do Aço, onde o time conquistou a maioria dos pontos disputados, sobretudo no Campeonato Brasileiro de 2005, com o bom time dirigido por Abel Braga. Naquele ano, o Flu realizou jogos memoráveis no estádio, como uma vitória incrível por 4 a 3 sobre o Santos, chegando na quinta posição da competição.
Mas independentemente da escolha final da diretoria, o que a torcida quer mesmo é que o Flu entre firme na competição, com um time competitivo, em condições de brigar pelo título, que persegue já há 26 anos.
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Curiosidade: por falar em Engenhão e Maracanã, sabe o que os dois estádios têm em comum com o Flu? Na inauguração de ambos – 2007 e 1950, respectivamente –, o primeiro gol foi marcado por jogadores do Flu: Alex Dias e Didi, então pela Seleção carioca.
Sempre vale a lembrança.
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Após a lamentável venda de Maicon para o futebol russo, choveram especulações de que o jovem atacante fora apenas o primeiro de uma debandada de jogadores a deixar o Fluminense.
Conca, Fred, Dalton e Digão seriam os próximos do desmonte promovido por Roberto Horcades, interessado em levantar recursos em seu último ano de mandato, para amortizar a desmedida dívida do clube, que praticamente dobrou em sua gestão.
Procurado pela coluna, o advogado e gestor de futebol do Fluminense, Mário Bittencourt, tratou logo de ir rechaçando qualquer possibilidade de saída dos atletas. “São falácias”.
Com as inscrições encerradas para o Campeonato Estadual, o clube negocia a vinda de dois jogadores de meio-de-campo para a disputa do Campeonato Brasileiro, que começa em maio.
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Em virtude de muitas divergências, a diretoria do projeto da Arena Fluminense decidiu promover um concurso para a escolha de uma nova logomarca, preferencialmente aliada ao logotipo. Interessados devem enviar suas idéias até domingo para o e-mail arenafluminense.logo@gmail.com
Atenção: por questões de direitos autorais, o distintivo do Fluminense não pode ser utilizado.
Os autores das três melhores ilustrações terão seus nomes publicados na próxima quarta-feira no site https://arenafluminense.blogspot.com/
Veja aqui mais detalhes do projeto. https://www.youtube.com/watch?v=Qi2ss4YA76E
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Das estrelas, onde esperamos que o Flu esteja ao fim das duas competições em curso, recebo e-mail do aeronauta George Paiva. Há 61 anos tricolor de coração, o comandante da Varig se diz preocupado com o futuro dos esportes olímpicos do clube, e sugere um nome para a direção.
“Meu caro jornalista João Marcelo Garcez, sempre quis ajudar muito o Fluminense, mas, há 35 anos na Varig além de cinco outros na Air India (exterior), tenho na minha carreira um obstáculo para fazê-lo.
“Mas mesmo de fora gostaria de sugerir ao futuro presidente do Fluminense que olhasse pelos esportes amadores, já indicando o nome de Renê de Toledo Machado, competente funcionário do clube, para a gerência do departamento”.
George talvez não saiba, mas trago boas notícias a ele. Com a saída de Ricardo Martins, ex-vice-presidente de Esportes Olímpicos, Renê Machado (pai de Marcelinho, do basquete do Fla) foi promovido e assumiu o cargo do antigo funcionário.
Que desenvolva um trabalho sério, à altura da confiança de George e de todos os tricolores.
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O petróleo e os royalties são nossos.
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