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copa do brasil 2009

copa do brasil 2009

Júbilo tricolor nas arquibancadas. Números da Invasão são revelados

 

qua, 20/05/09
por joao marcelo garcez |
 

 

Antes de tecer qualquer outro comentário, louva-se mais uma vez o show de originalidade e criatividade da massa tricolor, que lotou o Maracanã e fez outra festa daquelas de arrepiar até o mais veterano dos jogadores.

“Uma torcida não vale a pena por sua expressão numérica. Ela vive e influi no destino das batalhas pela força do sentimento. E a torcida tricolor leva um imperecível estandarte de paixão”.

Pois só mesmo a paixão de Nelson Rodrigues e de toda a torcida do Fluminense seriam capazes de proporcionar o espetáculo na noite de quarta nas arquibancadas. Após a entrada do time em campo, “o Maracanã foi varrido por uma tempestade de pó-de-arroz”. Quando, enfim, estiou, o maior e mais belo mosaico do mundo foi aberto em todo o anel, arrepiando até os jogadores em campo. Quando viu a festa da torcida, o zagueiro Luis Alberto fez força para não chorar.

“Nas situações de rotina, um pó-de-arroz pode ficar em casa abanando-se com a Revista do Rádio. Mas quando o Fluminense precisa de número, acontece o suave milagre: os tricolores vivos, doentes e mortos aparecem. Os vivos saem de suas camas e os mortos, de sua tumba”.

Bálsamo no Maracanã, que mais uma vez testemunhou uma ode ao heroísmo em suas arquibancadas.

O júbilo tricolor!

***

Enquanto as outras torcidas torcem, a do Flu dá espetáculo.

Veja, por exemplo, o que escreveu Fernando Calazans, terça-feira, em sua coluna de O Globo.

 “Trinta mil ingressos vendidos até ontem (segunda) sugerem que a torcida do Fluminense planeja repetir amanhã (quarta), contra o Corinthians, pela Copa do Brasil, a festa magnífica que produziu na final da Libertadores do ano passado, com a LDU, no mesmíssimo Maracanã.

“Foi um dos espetáculos mais bonitos da história do estádio, espetáculo que vale o ingresso por si só, independentemente do jogo e do resultado do jogo”.

***

Em seu centésimo jogo na história da Copa do Brasil, o Fluminense veio a campo com um erro na sua escalação. Carlos Alberto Parreira pôs o lateral Mariano no setor esquerdo. O torcedor pôs-se a pensar que se o jogador já tem lá suas limitações na direita, sua posição de origem, não poderia mesmo fazer muita coisa do outro lado do campo. A alteração matou ainda o mínimo entrosamento que Mariano tinha com Edcarlos e Maicon pela direita.

Resumo da ópera: nem Eduardo Ratinho nem Mariano jogaram rigorosamente nada e o Flu ficou previsível. Fora a pressão inicial, quando encurralou o Corinthians em seu campo, o Tricolor foi apático no primeiro tempo. Verdade que muito desta apatia tenha sido ocasionada pelo gol de falta de Chicão logo aos seis minutos e de Jorge Henrique, aos 16, lances em que Ratinho e Thiago Neves falharam flagrantemente ao fazer falta desnecessária na entrada da área e ao perder a bola de maneira displicente no meio-campo.

No segundo tempo, Parreira tentou corrigir o erro, reposicionando Mariano e colocando Dieguinho, que tivera boa atuação contra o Barueri e voltou a jogar bem contra o Corinthians. Não vai demorar para ganhar de vez a posição.

O time cresceu e quando Alan, que entrou no lugar de Maicon, aproveitou falha de Felipe e diminuiu, o Corinthians, que controlava bem o andamento do jogo, perdeu as rédeas e balançou. O gol de Thiago Neves, aproveitando ótimo passe de Conca, deixou o time paulista inteiramente desestabilizado. O Flu poderia ter chegado à virada se Carlos Eugênio Simon tivesse marcado pênalti em Dieguinho, empurrado. Mas o árbitro preferiu ignorar o lance. A entrada de Tartá no lugar de Marquinho não surtiu o efeito desejado e o time diminuiu o ímpeto nos minutos finais.

No fim, o 2 a 2 premiou a classificação do bom time de Mano Menezes.

Já o Flu volta suas baterias para o Campeonato Brasileiro, em que começou bem e pode chegar à liderança neste domingo, contra o Santos.

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Ronaldo não pisava há 11 anos no Maracanã. Nas outras duas ocasiões, havia passado em branco e foi derrotado em ambas: Brasil 0 x 1 Argentina (1998) e Flamengo 2 x 1 Cruzeiro (1993). Quarta, mais uma vez passou em branco. Mas, ao menos, conseguiu o empate e a classificação de seu time (tela de Lucas Ramos Mendes).

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Venda de ingressos: torcedores se queixam do lamentável tratamento dispensado a eles por funcionários do Fluminense.

Caso da menor Isabela Santanna, que ao tentar adquirir o ingresso com desconto, foi veementemente destratada por funcionária, mesmo depois da torcedora apresentar carteira de sócia, carteira de estudante e recibo de pagamento da mensalidade. Para ter direito à meia-entrada, conta, exigiu também certidão de nascimento.

Burocracia ou má-fé?

Em tempo: a Lei nº 3364, sancionada em 7 de janeiro de 2000, institui a meia-entrada a jovens de até 21 anos em estabelecimentos que proporcionam lazer e entretenimento, como o Maracanã.

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A invasão corintiana de 76 não sai de moda. Nem nunca sairá. Faz parte da rica história do futebol brasileiro e deve mesmo, repetidas vezes, ser contada em prosa e verso.

Questiona-se sempre, porém, o número de torcedores corintianos que compareceram ao Maracanã naquela épica semifinal de Campeonato Brasileiro. Foram milhares, é fato, como mostram as imagens de arquivo.

Mas milhares quantos?

Os paulistas afirmam que dividiram meio a meio as arquibancadas do estádio com os tricolores, que garantem que, apesar na presença numerosa da torcida adversária, eram maioria esmagadora entre os mais de 146 mil torcedores registrados.

Para dirimir esta dúvida e pôr um ponto final em definitivo nesta questão, perguntei ao próprio presidente do Fluminense da época, Francisco Horta, quantos ingressos, afinal, foram enviados a São Paulo.

Com a palavra, o gerente da Máquina Tricolor.

“João, de início, 20 mil. Depois, a pedido do presidente Vicente Matheus, mais dez mil, todos pagos por ele à Federação Carioca”.

Trinta mil, portanto, ou um quinto do total de presentes ao Maracanã.

Eis a verdade nua e crua. O resto é devaneio de fanáticos.

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Com três passagens pelo Fluminense, Roger está de casamento marcado. Será dia 6 de junho, no Castelo Itaipava, Região Serrana do Rio de Janeiro. Sua futura esposa, a atriz Deborah Secco, quer que o jogador, hoje no futebol árabe, fique em definitivo no Brasil.

Como já aqui noticiado, Roger é uma das opções da diretoria do Fluminense para o lugar de Thiago Neves, que deixará as Laranjeiras em julho.

 

Fabinho, do Corinthians, também está desembarcando nas Laranjeiras. O jogador confidenciou à Yule Bisetto, blogueira do Corinthians, que está mesmo de malas prontas para o Rio de Janeiro.

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“Aonde quer que eu vá, digo que a torcida do Fluminense é a melhor do Mundo”, Romerito.

 

Flu sai no lucro

 

qua, 13/05/09
por joao marcelo garcez |
 

 

 

Numa data histórica para a torcida tricolor, o Fluminense esteve longe de repetir a atuação de gala contra o Corinthians há 25 anos, no Campeonato Brasileiro, quando calou o Morumbi. E se foi taticamente perfeito àquela ocasião, desta vez o Flu deu espaços e foi sufocado pelo time paulista.

 

Tamanha pressão fez do goleiro tricolor, Fernando Henrique, a maior figura em campo. Com pelo menos três grandes defesas, impediu que a vantagem se tornasse praticamente irreversível no jogo da volta.

 

Com Thiago Neves sumido, Carlos Alberto Parreira colocou Conca no segundo tempo. Em pouco mais de 15 minutos, o meia, recuperado de um estiramento na coxa, foi muito mais perigoso que seu companheiro. Já Maicon, que deu vaga a Alan, dia a dia ratifica sua condição de titular. Voluntarioso, pôde ser visto na intermediária tricolor, ajudando no desarme ao adversário.

 

Com o Flu melhor, o Corinthians não foi tão perigoso no segundo tempo. Neutralizado, Alessandro não conseguiu mais repetir as investidas da etapa inicial. Coube então ao Flu tentar o empate, que por pouco não veio no fim.

 

A derrota por 1 a 0 no Pacaembu obriga o Flu a vencer por diferença de dois gols no Maracanã. Se o placar se repetir a seu favor, a vaga à semifinal será decidida nos pênaltis.

 

***

Se esteve longe de lembrar a atuação de 1984, o Corinthians x Flu da noite de quarta foi muito parecido com São Paulo x Flu do ano passado, quando o time paulista encurralou o Tricolor no Morumbi e deixou o campo também com um magro 1 a 0, que seria insuficiente para a classificação à semifinal da Libertadores (no jogo da volta, o Flu venceu por 3 a 1).

 

***

Estive no meio da galera tricolor no Pacaembu. Conto a experiência a vocês na próxima coluna.

 

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Numa de suas brilhantes crônicas de O Globo, o jornalista Arnaldo Jabor revelou um bate-papo informal que tivera com o Profeta Tricolor pelas redações da vida. “Disse-me Nélson Rodrigues: se Deus perguntar a mim se eu fiz alguma coisa que preste na vida para entrar no céu, eu responderei a Ele: ‘Sim, Senhor, eu inventei o óbvio!’”.

 

Ensinava-nos o óbvio a literatura de Nelson. Porque as coisas estão aí para serem enxergadas, e não para serem varridas para debaixo do tapete. Incoerências, imprecisões, tendencionismos e afins estão entre os ingredientes das obviedades do escritor.

 

Como certamente estaria entre elas a denúncia do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ao atacante Fred. Porque temos aí mais uma obviedade do desafortunado futebol brasileiro: a clarividência de que estão armando uma arapuca nos bastidores.

 

Enquadrado no artigo 255 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), Fred será julgado por ato de hostilidade por um desentendimento com Gomes, do Goiás.

 

Quem viu e se lembra do lance tem a certeza de que o Tribunal está forçando uma barra pesadíssima ao chamar Fred ao banco dos réus. Muito mais grave foi a entrada criminosa de Ronaldo em André Dias, do São Paulo, na semifinal do Campeonato Paulista, quando o jogador contou com a conivência do árbitro Sálvio Spinola para continuar em campo.

 

À época, Ronaldo, do Corinthians, não foi enquadrado em nenhum artigo do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Fred, do Fluminense, foi.

 

Dois pesos, uma medida. Qual o critério?

 

Nelson Rodrigues, óbvio, tinha razão.

 

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Procurado pela coluna, o advogado do Fluminense, Mário Bittencourt, se disse confiante, do ponto de vista jurídico, para o julgamento desta sexta-feira, mas teme uma retaliação do Tribunal depois da forma com que a imprensa abordou a declaração do jogador sobre a denúncia.

 

“João, transformaram a entrevista dele numa metralhadora contra o Tribunal; a coisa ficou muito mais pesada do que realmente é”.

 

Dá-lhe, Flapress!

 

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Quase um ano depois, o horripilante episódio da venda de ingressos da final da Libertadores ainda dá muito pano pra manga.

 

O superintendente do clube, Carlos Henrique Corrêa, um dos acusados no escândalo, depois de um tempo na berlinda, voltou com força total, ameaçando entregar todos os que o pegarem pra Cristo.

 

Carlos Henrique Corrêa foi levado ao clube por Delei como contrapeso pelo apoio do ex-jogador a Roberto Horcades nas últimas eleições. O presidente disse ter aberto sindicância para apurar o acontecido, e que tudo já foi esclarecido.

 

O curioso é que ninguém no clube nunca soube da existência da tal sindicância.

 

O Fluminense hoje é a cara do Congresso Nacional.

 

***  

Lançados com festa na última segunda-feira, os novos uniformes do Fluminense já estão à venda na Flu Boutique. Ao contrário das vezes anteriores, em que uma coleção foi lançada, desta vez, apenas uniformes de jogo foram produzidos.

 

A camisa grená, procurada por muitos, só será comercializada na segunda quinzena de junho.

 

A Taça Olímpica, orgulho tricolor que comemora 60 anos, é um aplique, e não bordada como muitos imaginavam. Outra novidade é a inscrição do ano da fundação do clube na gola dos uniformes branco e tricolor.

 

Muitos tricolores que estiveram no Pacaembu já vestiam, orgulhosos, os novos e vistosos uniformes do clube.

 

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Na volta, no caldeirão do Maraca, de novo, eu sou mais Flu!

 

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E-mails para esta coluna: joaogarcez@yahoo.com.br

 

Esta coluna é publicada duas vezes por semana (geralmente às segundas e quintas-feiras), sempre nos dias seguintes aos jogos do Flu.

Sob a batuta do maestro, Fluminense segue em frente e pega rival histórico

 

qui, 07/05/09
por joao marcelo garcez |
 

 

Na festa pelos 100 jogos de Thiago Neves com a camisa do Fluminense, foi mesmo do anfitrião tricolor o gol que deu a classificação ao time às quartas-de-final da Copa do Brasil.

 

Com a vantagem obtida no Serra Dourada, o Flu optou por levar o jogo em banho-maria no primeiro tempo. Mas foi nos 45 minutos finais, quando já esperava-se um Goiás mais agressivo, que o jogo ganhou fôlego. Fernando Henrique, que havia falhado na quinta-feira passada, desta vez colaborou bastante, fazendo três defesas precisas. O Flu aproveitou-se do desperdício adversário e, numa escapada, Thiago Neves fez 1 a 0. Por pouco, o meia não fez outros dois golaços na partida

 

Vantagem ampliada, Parreira lançou mão de velho expediente entre treinadores brasileiros. Sacou um atacante (Tartá) para a entrada de um volante (Fabinho). A torcida não perdoou e chiou uma barbaridade. O castigo veio quando ainda faltavam 15 minutos para o fim, com o gol de empate de Jael.

 

A partir daí foi um Deus nos acuda para a defesa tricolor, que mais uma vez deu calafrios nos torcedores. Coube a Fred, nos minutos finais, prender a bola para garantir o resultado e o passaporte às quartas-de-final.

 

Um sufoco! Desnecessário, diga-se de passagem.

 

Contra o Corinthians, se o time recuar e der espaço a Ronaldo, a coisa pode se complicar. Ser agressivo é a melhor defesa a este time do Flu.

 

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Fred passou em branco desta vez. Reclamou de isolamento ao fim do primeiro tempo e foi visto, no segundo, jogando no meio-campo, exercendo a função de antigo ponta-de-lança.

 

Alguém entendeu?

 

***

A campanha do Fluminense na Copa do Brasil até aqui é muito semelhante à de 2007, quando levantou o caneco. Naquela ocasião, como agora, o Fluminense venceu seus dois jogos na primeira fase (Adesg-AC/Nacional-PB), sofreu sua única derrota na segunda (América-RN/Águia-PA) e empatou, pelo mesmo placar (2 a 2 fora e 1 a 1 em casa) os jogos das oitavas-de-final (Bahia e Goiás).

 

Também como em 2007, só nas quartas o Flu tem o que pode se chamar de um grande desafio. Há dois anos, com um gol de Adriano Magrão, superou o Atlético-PR na Arena da Baixada. Agora, terá o badalado Corinthians, de Ronaldo, pela frente. Com a diferença de que, desta vez, fará o jogo da volta no Maracanã.

 

Se o script for seguido, o Flu volta do Pacaembu com uma vitória na quarta-feira.

 

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Um tabu histórico também estará em jogo neste duelo. Carlos Alberto Parreira nunca perdeu um confronto eliminatório entre Fluminense e Corinthians. Em 1984, então treinador do Flu, eliminou o Corinthians depois de vencer o jogo de ida, em São Paulo, por 2 a 0 e administrar o resultado na volta (0 a 0). Dezoito anos depois, também pela semifinal do Campeonato Brasileiro, só que a serviço do time paulista, o técnico campeão mundial tirou o Tricolor da final depois de travar com ele dois jogos acirradíssimos: vitória do Flu no Maracanã (1 a 0) e do Corinthians no Pacaembu (3 a 2).

 

Vinte e cinco anos depois, Parreira tem a oportunidade de mais uma vez sagrar-se campeão nacional pelo seu clube de coração. O elenco atual está a anos-luz do que dispunha em 1984. Mas a bola está com ele e, se sua estrela brilhar novamente, o Flu estará a dois passos do paraíso.

 

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O Campeonato Brasileiro começa neste fim de semana e Carlos Eduardo, do Ituano, foi a única contratação até aqui.

 

A torcida rói as unhas e se pergunta se iremos mesmo para a disputa com os atuais zagueiros, laterais e volantes que lá estão.

 

Deve gostar de emoções fortes esta diretoria.

 

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Tela: Débora Aragão.

 

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Águia, Periquito, Gavião…

 

Quem sabe Urubu?

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Na trilha do bi

 

ter, 05/05/09
por joao marcelo garcez |
 

 

Se antes do jogo de ida, no Serra Dourada, o Fluminense estava a oito jogos de voltar à Copa Libertadores da América, agora, depois do bom empate em 2 a 2, está a apenas sete. Se vencer por diferença mínima ou até mesmo empatar (em no máximo 1 a 1), o Tricolor estará a míseros seis jogos do retorno à competição internacional.

 

É importante ter esse número em mente, porque seis jogos correspondem a apenas 15% dos 38 que terá de percorrer no Campeonato Brasileiro, quando, aí sim, terá de trilhar longo caminho.

 

Apesar das atuações sem-vergonha contra Flamengo e Águia, o Fluminense vem dando sinais de melhora desde o segundo tempo do jogo contra o time paraense, no Maracanã. O primeiro tempo em Goiânia só confirmou a escalada e a (aparente) mudança de postura do time (leia-se atitude).

 

Se o Tricolor se levar a sério e jogar com a faca entre os dentes, pode sim chegar ao bicampeonato da Copa do Brasil, competição que pelo seu formato eliminatório permite surpresas como a chegada, por exemplo, do Flu-2006 (com Ângelo, Evando, Pitbull e Cia) à fase semifinal.

 

O Flu-2009 até aqui também não convenceu, mas, apesar de suas já sabidas carências, não é inferior ao time então dirigido por Oswaldo de Oliveira, que tinha um Petkovic em declínio como sua maior estrela. No elenco atual, atletas como Fred, Thiago Neves e Conca, aliados a jovens como Tartá, Maicon e Allan, são notadamente superiores aos de três anos atrás.

 

Não há grandes mistérios na Copa do Brasil. O próprio Fluminense, que já chegou a três decisões, sabe bem disso.

 

Um sopro de esperança e, em dois meses, o Flu pode chegar lá.

 

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A conquista do tricampeonato estadual do Flamengo e a polêmica quebra da hegemonia de títulos tricolor – o título “especial” do Flamengo de 1979 nada mais é do que a fase final do campeonato de 1978, que previa que os primeiros colocados do campeonato carioca e fluminense decidissem o título no começo do ano seguinte, e que o Fla só levou depois de passar por cima dos estatutos da Federação e de uma deliberação da própria CBD – parecem não ter tirado a concentração dos jogadores para o jogo decisivo contra o agora campeão goiano.

 

No treino de sábado passado, jogadores treinavam com surpreendente alegria e motivação, parecendo estar novamente vislumbrando a chegada de bons tempos. Até o comedido Carlos Alberto Parreira orientava o grupo de forma intensa, com muito gestual e movimentação no campo. O atacante Fred entrou no clima e, com seu habitual carisma, fez questão de se juntar aos torcedores que lhe pediam autógrafos e fotografias.

 

Com o time começando a “querer jogo” e a torcida, depois da saída da barca, novamente ao lado dos jogadores, o Fluminense pode estar reencontrando seu caminho.

 

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Em tempo: a barca zarpou incompleta, eu sei. Tem tripulante ainda foragido nas Laranjeiras.

 

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A terceira edição do Baú Tricolor já está no ar. Nele, você faz um passeio pela terceira década da história do Fluminense, levantada depois de minúcia pesquisa pelos administradores do FEA, que estão sob novo domínio. Agora, além do www.flueternoamor.com, você pode acessar o site através do www.flusaoeternoamor.ning.com

 

Não bastante, o Fluminense Eterno Amor traz ainda a promoção “Maio Histórico Tricolor”. Serão sorteados cinco DVDs entre os torcedores que se associarem ao FEA durante o quinto mês do ano. A mídia traz os melhores momentos da trajetória tricolor de 1969 a 2007.

 

Prato cheio!

 

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Na bola, com garra, eu sou mais Flu.

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Farra tricolor

 

sex, 01/05/09
por joao marcelo garcez |
 

 

Na coluna passada, escrevi que o empresário do lateral-esquerdo Leandro, André Cury, havia declarado que o problema de adaptação do jogador não estava no Estado do Rio de Janeiro, onde Leandro é nascido – e sim no Fluminense.

 

Mas será que o clube é mesmo o motivo para o pífio desempenho do atleta?

 

Ou seria as noitadas na casa de shows Rio Sampa, em Nova Iguaçu, onde, num camarote recheado de mulheres e muita cerveja, Leandro esbalda-se até altas horas toda segunda-feira?

 

É mesmo um mistério insondável a bolinha murcha de Leandro.

 

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Contratado para ser titular absoluto da cabeça-de-área tricolor, Diguinho é outro que, até se adoentar, pouco estava rendendo em campo – chegou a ser barrado por René Simões.

 

E tudo indica, infelizmente, que este quadro não mudará.

 

Ao menos se continuar indo às quintas-feiras ao Via Show, em São João de Meriti, onde, acompanhado de seguranças, costuma se embebedar à base de doses generosas de uísque e namorar mulheres que lotam o seu camarote.

 

Como torra dinheiro a Unimed.

 

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A farra tricolor não pára por aí. Fabinho, que também perdeu o posto de titular no time, é um dos acompanhantes de Leandro na noite do Rio.

 

Que beleza!

 

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Chega a ser brincadeira de mau gosto o sistema defensivo do Fluminense. Quinta-feira à noite contra o Goiás, o time até conseguiu um bom resultado, marcando dois gols, como sugeri coluna passada. Mas a defesa-mãe tricolor, para dar dramaticidade ao confronto, entregou de bandeja os gols do time goiano.

 

No primeiro, Fernando Henrique nem interveio, nem ficou no gol. Perdido, avançou até a risca da pequena área, e foi ridicularmente surpreendido (Ricarco Berna, ao contrário, salvou o time da derrota no segundo tempo, após a expulsão de Maicon). No segundo, Luiz Alberto, que teve o mérito de marcar o seu, ”compensou” o êxito falhando irritantemente ao tentar se livrar de uma bola fácil, sob seu domínio. O Goiás agradeceu.   

 

Fred, que mais uma vez marcou de cabeça, foi valente e mostrou muita disposição no primeiro tempo. De tanta luta e bravura, saiu com câimbras na etapa final. O atacante tricolor deverá ser um dos grandes nomes do Campeonato Brasileiro. 

 

Oito amarelos, dois vermelhos e quatro gols. No bom jogo do Serra Dourada, o Flu mostrou a atitude que os nove milhões de fiscais andavam pedindo. 

 

A camisa tricolor, enfim, foi respeitada.

 

*** 

Marco Antônio Rojas escreve para lembrar que, além dos 60 anos da glória honorífica da Taça Olímpica, em 2009, o Fluminense comemora o centenário do histórico tetracampeonato estadual, conquistado nas quatro primeiras edições da competição. Pelo feito, Rojas sugere a colocação de uma quarta estrela sobre o distintivo.

 

Em tempo: além de tetra, em outras três ocasiões, o Fluminense sagrou-se tricampeão do Rio de Janeiro.

 

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Animados com as comemorações dos 60 anos da Taça Olímpica, muitos tricolores escrevem para sugerir à Unimed a capitalização também dos esportes amadores do Flu. Já há dezenas de campanhas em sites de relacionamento pedindo a formação de uma equipe feminina de vôlei.

 

Abaixo, o endereço de uma comunidade de aproximadamente 200 mil tricolores.

 

https://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=28077&tid=5327878227552204278&start=1

 

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Indignado, Henrique Loyola escreve queixando-se do roubo da autoria de uma música postada na comunidade Flu-Fábrica, em dezembro do ano passado. A canção, que tem o ritmo de uma cantada por torcedores do Schalke 04 (ALE), sofreu variações em seu formato até que se chegasse à versão definitiva, aprovada com louvor por muitos dos 128 mil membros da Flu-Fábrica.

 

“João, a música ficou linda. Infelizmente, um botafoguense infiltrado na comunidade roubou a letra na maior cara de pau, postando-a em diversas comunidades do Botafogo, só alterando os trechos em que a letra mencionava o Fluminense. Uma falta de vergonha!”.

 

Para atestar o pioneirismo tricolor, a comunidade colocou a música no YouTube, sob o registro “postada na Flu-Fábrica em 4 de dezembro de 2008”.

 

“No entanto, o esperto botafoguense foi lá e colocou: ‘Criada na indústria alvinegra em 3 de dezembro de 2008′. Essa mentira é revoltante, e ele sequer tem provas disso. Nós temos”.

 

Em tempo: de fato, Henrique anexou ao e-mail três provas de que a autoria da música é mesmo da torcida do Fluminense.

 

***

O resultado ficou realmente bacana. Clique aqui pra conferir.

 

https://www.youtube.com/watch?v=jgpBv31680w&eurl

 

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E não é que o Conselho aprovou?

 

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Esta coluna é publicada duas vezes por semana (geralmente às segundas e quintas-feiras), sempre nos dias seguintes aos jogos do Flu.

Cair e levantar

 

seg, 27/04/09
por joao marcelo garcez |
 

 

Eliminado do Campeonato Estadual, o Fluminense volta suas baterias exclusivamente para a Copa do Brasil enquanto não começa o Brasileiro. Até lá, terá dois duelos dificílimos contra o Goiás pelas oitavas-de-final da competição.

 

Ao contrário do Flu, o clube esmeraldino está envolvido na decisão do Campeonato Goiano, o que poderá ser favorável ao Tricolor, sobretudo porque seu adversário vem de dois vice-campeonatos e fará de tudo para evitar a terceira frustração consecutiva. O confronto contra o Atlético-GO, para quem perdeu o título em 2007, vem sendo encarado com extrema seriedade no clube.

 

Como o jogo de ida entre Goiás e Fluminense ocorrerá justamente no intervalo do primeiro para o segundo jogo da decisão (quinta, às 21h30), o Tricolor terá de usar a cabeça para explorar ao máximo as situações que lhe surgirem favoráveis.

 

Uma maneira de encaminhar a classificação é deixar a cautela de lado e jogar com ousadia no Serra Dourada. Pelo menos dois gols na casa do adversário ajudariam muito. Ainda mais que a defesa tricolor vem batendo cabeça jogo e jogo, e sair de campo sem levar gols vem se tornando artigo raro na equipe.

 

Estudiosos que são, Carlos Alberto Parreira, Vinícius Eutrópio e Cia certamente estarão de olho nos pontos fracos do time dirigido por Hélio dos Anjos.

 

É saber aproveitar.

 

***  

O Fluminense mais uma vez chega ao funil da Copa do Brasil, pondo-se entre os 16 postulantes à taça. O time está também, não custa lembrar, a oito jogos de voltar a Libertadores.

 

Em suas últimas três participações na competição, o Tricolor chegou à decisão (2005 e 2007) ou, no mínimo, à semifinal (2006).

 

Apesar do avanço, o time tem problemas crônicos, como aqui cansamos de debater. Derrotas para Flamengo e Águia, do jeito que ocorreram, são sim inaceitáveis e devem ser permanentemente lembradas para a reconstrução da equipe.

 

Mas quando a bola rolar nesta quinta, a torcida tricolor do Centro-Oeste deve abraçar o time e apoiá-lo incansavelmente. O sucesso do Fluminense, nem é preciso dizer, representa o sucesso de seus torcedores.

 

Pra cima é que se anda (tela: Gustavo Pelaez).

 

***

 

Matéria publicada na edição de sexta-feira do Estado de São Paulo escancara a grave crise financeira envolvendo os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro. Com os cofres vazios, Fluminense, Flamengo, Vasco e Botafogo vêm tendo a renda de seus jogos quase que integralmente penhoradas por oficiais de justiça, que, para garantir o recebimento do dinheiro, chegam a agir na boca do caixa dos postos de venda de ingressos.

 

Só no Campeonato Estadual, cerca de R$ 2,2 milhões já foram penhorados até aqui. Destes, R$ 517,3 mil (R$ 212 mil só na semifinal da Taça Rio) foram penhorados do Fluminense, que só fica atrás do Flamengo, que teve R$ 706,7 mil retirados de sua conta. As ações são decorrentes majoritariamente de calotes praticados pelos clubes.

 

Dos quase R$ 400 mil arrecadados na estréia de Fred, contra o Macaé, o Flu teria direito a R$ 119 mil líquidos. Com as penhoras, saiu liso do estádio. Já o time do norte-fluminense voltou para a Cidade do Petróleo com R$ 79 mil no bolso.

 

O mesmo aconteceu na estréia do time em Cabo Frio, quando o Fluminense voltou para casa com quantia igual à do salário do professor Raimundo.

 

E o episódio só não se repetiu mais uma vez na venda de ingressos da final da Libertadores ano passado porque… bem, você sabe.

 

Triste realidade.

 

***

Nesta semana, a Unimed acenou com a possibilidade de investir nos esportes amadores do Botafogo, o que causou grande indignação entre os tricolores.

 

O que poucos sabem é que a Unimed, por muito pouco, não estampou sua logo também no uniforme do… Vasco. O interesse aconteceu em 2007, quando Romário estava prestes a marcar o milésimo gol de sua carreira.

 

O acerto só não aconteceu porque Celso Barros encontrou muita resistência entre influentes da empresa de saúde.

 

***

Esta e muitas outras histórias você encontra na biografia do Baixinho (Editora Altadena), de Marcus Vinícius Rezende, que será lançada em breve.

 

***

Ainda a Unimed: quem sabe a patrocinadora tricolor não se sensibiliza com as comemorações dos 60 anos da conquista da Taça Olímpica pelo Fluminense e muda de idéia?

 

***

E por falar na Taça Olímpica, bem que o conselho deliberativo poderia aprovar a estampa desta que foi a mais alta premiação do desporto mundial nos uniformes do Fluminense.

 

Seria uma forma de difusão e de associação imediata ao passado de glórias do clube.

 

Assim, sempre que câmeras de TV exibissem o uniforme tricolor em suas transmissões, invariavelmente os narradores se veriam obrigados a explicar o significado da conquista tricolor para milhões de telespectadores, que ficariam sabendo mais um pouco da importância histórica do clube no cenário esportivo do país.

 

Aprova aí, Conselho!

 

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O empresário do jogador Leandro, André Cury, declarou que o jogador pediu a rescisão de contrato por não ter se adaptado ao Fluminense, e não ao Rio, já que o lateral é nascido em Nova Iguaçu.

 

Deixa ver se entendi: então Leandro atuava como titular em um dos maiores clubes do país, recebia seu substancial salário em dia (depois de pequeno imbróglio), treinava de frente para o Cristo Redentor e não se adaptou ao Fluminense?

 

É mesmo dura a vida de boleiro.

 

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Carlos Alberto Parreira disse não ter pressa em definir o meio-de-campo titular do Fluminense.

 

Entendo o treinador e não tiro-lhe a razão.

 

Com os jogadores limitadíssimos que o Fluminense dispõe hoje para a cabeça-de-área, é mesmo uma tarefa hercúlea encontrar a dupla ideal.

 

Quando Diguinho estiver novamente em condições de jogo, deverá ser titular absoluto. Seu companheiro, acredito, deverá desembarcar nas Laranjeiras nos próximos dias.

 

Assim, ao menos até a oitava rodada do Campeonato Brasileiro, quando Thiago Neves estará de saída para o futebol árabe, o meio-campo tricolor, em condições normais de temperatura e pressão, deverá ser formado por Diguinho, reforço, Conca e Thiago Neves. Na frente, Leandro Amaral e Fred.

 

Agora, lá atrás é que mora o perigo…

 

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Jogo na véspera do feriadão?

 

É vencer e partir pro abraço.

 

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Esta coluna é publicada duas vezes por semana (geralmente às segundas e quintas-feiras), sempre nos dias seguintes aos jogos do Flu.

O Feitiço de Águia

 

qua, 22/04/09
por joao marcelo garcez |
 

 

Em O Feitiço de Áquila (1985), amaldiçoado por um bispo perverso, casal apaixonado é impedido de viver seu grande amor de maneira inusitada: a mulher, Isabeau, transforma-se em falcão durante o dia; e o cavaleiro, Etienne Navarre, em lobo à noite. E tem mais bicho no longa: Rato é um prisioneiro foragido das muralhas de Áquila que alia-se ao casal, ajudando-o, na quebra do feitiço.

 

Em Fluminense x Águia, filme protagonizado por clubes do Rio de Janeiro e do Pará, o lobo ficou de fora, mas a ave (Águia) por pouco não aprontou no Maracanã. Depois de sobrevoar perigosamente o estádio, Ratinho fuzilou o bichano a 13 minutos do fim do certame (deixemos Maicon, a maior figura em campo, para depois; o assunto agora é zôo).

 

O técnico João Galvão não é o bispo de Áquila mas quase amaldiçoou o Fluminense, ajustando sua equipe, que surpreendeu o time mandante por vezes no primeiro tempo. Tivesse aberto o placar numa das três chances claras de gol que desperdiçou, o Tricolor se veria em apuros para quebrar o feitiço de Galvão.

 

Feitiços à parte, o Flu, cá pra nós, não jogou bulhufas no primeiro tempo. À exceção de um chute à queima-roupa de Fred (muito bem na partida), pouco ameaçou o gol de Ângelo, chegou a ser envolvido e só não saiu perdendo porque o feitiço, lançado ainda na Idade Média, já estava com o prazo de validade vencido.

 

A chuva de vaias que recebeu da torcida no intervalo foi um puxão de orelhas merecido ao time tricolor, que voltou com outra disposição no segundo tempo.

 

E voltou também com Maicon no lugar de Éverton Santos.

 

Com um futebol dinâmico e envolvente, Maicon jogou uma barbaridade e foi o nome do jogo. Lembrou Búfalo Gil no lance do primeiro gol, ao fingir que ia para a linha de fundo e puxar para dentro antes do arremate; e lembrou Pelé (sem comparações técnicas) no terceiro, ao só rolar para a entrada da área para o chute de trivela de Eduardo Ratinho. Foi o protagonista também de outra bonita trama na jogada do segundo gol, em que Tartá serviu Fred, que jogou de pivô antes de passar a Maicon. Uma pintura!

 

3 a 0 Flu. Um placar elástico mas enganoso. O Fluminense esteve desclassificado por 147 minutos no confronto. E que não se engane. Vai ter que melhorar (e contratar) se quiser ter vida longa na Copa do Brasil e almejar grandes objetivos no Campeonato Brasileiro.

 

Foi importante a vitória sobre o Águia, cujo feitiço pode não ter funcionado. Mas a continuar com jogadores visivelmente limitados (e sem brios) em seu elenco o Tricolor estará se autoboicotando e lançando o feitiço sobre si mesmo.

 

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A entrada de Maicon foi mesmo determinante para que o time se soltasse e agredisse com mais objetividade o adversário. Jogando pelos flancos, Maicon e Tartá incomodam qualquer time. Tivessem sido escalados de saída no Fla-Flu, o jogo seria outro.

 

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Depois de despachar o Águia, o Flu terá agora o Periquito (Goiás) pela frente. Se vencer e chegar às quartas-de-final, provavelmente, enfrentará o Gavião (da Fiel).

 

Voa mais alto, Flu!

 

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O Fluminense desistiu oficialmente do lateral Leandro e já está à procura de outro jogador para a disputa do Campeonato Brasileiro.

 

Leandro Amaral, que se submeteu a uma artroscopia no joelho direito, estará à disposição de Parreira para a estréia, dia 10, contra o São Paulo.

 

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Cheira a sensacionalismo a notícia publicada pelo jornal inglês Daily Mail de que o jovem Wellington Silva esteja de saída para o Arsenal (ING).

 

Nem mesmo a informação de que a promessa tricolor esteja sem contrato é verídica, já que o jogador, sob o número 626.217, tem vínculo com o Fluminense até 2011, como pode ser facilmente comprovado no BIRA, da FERJ .

 

Reforça a minha descrença o fato de mesmo os gêmeos Fábio e Rafael só terem se transferido para o Manchester (ING) depois que completaram a maioridade.

 

Descalabro tem limite.

 

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Com a provável saída de Thiago Neves, Roger, lançado por Parreira em 99, pode ser o meia de criação do Fluminense no Campeonato Brasileiro.

 

Seria a quarta passagem do apoiador ao Flu (1998-2000, 2001-2002 e 2004).

 

Problema ou solução?

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À espera do Flumóvel

 

dom, 19/04/09
por joao marcelo garcez |
 

 

Em visita guiada à Volkswagen, em Resende (RJ), um amigo da coluna ouviu de funcionário da fábrica detalhes sobre a parceria de Vasco, Flamengo e Corinthians para produção de ônibus personalizados àqueles clubes.

 

Com banco de couros e telas LCD, os confortáveis veículos vêm sendo usados pelas delegações das agremiações, trazendo identidade à sua tripulação.

 

Recentemente, São Paulo e Botafogo também requereram seus ônibus junto à fábrica.

 

“E o Fluminense?”, quis saber o amigo da coluna, que é tricolor.

 

A resposta do funcionário não chegou a surpreendê-lo.

 

“O Fluminense não tem o seu ônibus porque ninguém nos procurou”.

 

As portas da fábrica estão abertas. Interesse ela tem.

 

E o Flu? Não?

 

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A foto que ilustra esta coluna foi enviada por Marcos Milhomens, publicitário do Tocantins e proprietário do vistoso carro tricolor.

 

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Se já não teria Thiago Neves, suspenso após o absurdo episódio no Pará, o Flu perde também Conca, com estiramento na coxa esquerda.

 

Sem os dois meias de criação titulares, Marquinho deverá ser o principal responsável pelas tramas de ligação ao ataque.

 

Que maré…

 

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Está virando rotina nos jogos do Flu: por que todas as divididas e sobras sempre terminam nos pés adversários?

 

Impressionante!

 

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Já que a maré não anda nada boa pelas bandas das Laranjeiras, recorro às coincidências históricas para seguir apostando minhas fichas no bicampeonato da Copa do Brasil.

 

Aos amigos leitores, lembro que a campanha do Flu na competição também foi cheia de altos e baixos e que o time chegou lá mesmo sob intensa desconfiança de seus torcedores.

 

Outro fato curioso é que o Tricolor só não levantou o caneco de forma invicta porque sofreu um revés para o América-RN, no Maracanã, pela segunda fase da competição.

 

A mesma em que o Flu hoje se encontra e na qual também sofreu, até aqui, sua única derrota.

 

Não custa acreditar.

 

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A bola rola para Fluminense x Águia (PA) nesta quarta, às 21h50.

 

O SporTV 2 transmite a partida.

 

Prepare a pipoca.

 

E o Lexotan também.

 

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Tem time bobo, sim

 

qui, 16/04/09
por joao marcelo garcez |
 

 

Ditados populares como “futebol é uma caixinha de surpresas” e “não tem mais time bobo no futebol”, de tão surrados, há muito, já caíram em desuso. Mas o Fluminense é mestre em contrariar regras. Contra o Águia de Marabá (PA), por exemplo, o Tricolor exumou um dos ditos mais tradicionais para provar que ele sempre esteve errado.

 

“Tem time bobo, sim”, pareceu dizer o Flu na noite de quinta-feira para todo o Brasil. “E este time sou eu”, teria completado.

 

Sim, porque, apesar de “enjoadinho”, o Águia, que também tem Unimed estampada em seu uniforme, não passa de um time veloz e bem treinado. Se fosse realmente bom, teria dado uma surra daquelas inesquecíveis no time comandado por Carlos Alberto Parreira, tamanhas foram as vezes que os jogadores paraenses se viram livres diante de Fernando Henrique, que, a exemplo do Fla-Flu, voltou a falhar, dando todo o canto direito para Aleílson, que, repare, só rolou a bola em linha reta, como se não houvesse obstáculo algum à sua frente.

 

Aliás, FH não está só nessa: como pode um jogador avançar livre pela intermediária adversária logo a um minuto de jogo? Será que os jogadores de defesa do Fluminense, a esta altura, ainda não tem noção alguma de cobertura e posicionamento em campo?

 

É, tem time bobo mesmo.

 

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O Fluminense não tem saída de bola, nem qualquer jogada. É extremamente irritante ver jogadores de meio-campo e laterais apelando para bolas levantadas na área, expediente de equipes desesperadas contra times excessivamente recuados.

 

Não era o caso do Águia. Que jogava e deixava jogar.

 

E se o Flu não jogou contra o modesto time paraense, é porque é bobo mesmo.

 

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Incrível também a falta de liderança deste time do Fluminense. Ninguém chama a responsabilidade para si, ninguém assume coisa alguma… Parece estar sempre nem aí para nada.

 

E se os jogadores não estão nem aí, o clube também TEM OBRIGAÇÃO de não estar nem aí para eles, dispensando-os numa imensa barca que deve zarpar JÁ das Laranjeiras.

 

Leandro Domingues, Roger, Ciel e Xandão já se foram (o último, injustamente, já que não teve uma oportunidade sequer). Muitos outros também devem sair. Se diretoria e comissão técnica não expurgar as Laranjeiras destes pseudojogadores, os nove milhões de fiscais o farão.

 

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Não faz dez dias, elogiei a conduta de Thiago Neves nesta sua volta ao Flu. Disse que andava mudado, parecendo mesmo diferente e mais amadurecido.

 

Retiro tudo o que disse.

 

Porque sua atitude contra o Águia não é apenas reprovável.

 

É inaceitável, inadmissível.

 

Desfalcará o time no jogo da volta e por não sei mais quantos dependendo do gancho que pegar no Tribunal.

 

Thiago Neves parece ser mais um dos jogadores que querem mamar na teta da Unimed.

 

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2 a 1 ficou baratíssimo. Vitória simples no Maracanã classifica o Flu para as oitavas-de-final.

 

Se futebol fosse merecimento…

 

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Por onde anda aquela faixa levada ao treino da última segunda-feira?

 

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Horta: “Estréia de Fred será início de uma histórica trajetória”

 

qua, 11/03/09
por joao marcelo garcez |
 

 

 

A chegada de Fred e Parreira parece ter mesmo contagiado os tricolores. Um dos maiores presidentes da história do Fluminense – quiçá o maior –, em depoimento exclusivo ao Blog do Flu, esbanja confiança e se diz entusiasmado com o time que vem sendo montado. A certeza do alvorecer de dias gloriosos é tamanha que Francisco Horta considera o atual elenco uma segunda versão da Máquina Tricolor, formada por ele em meados da década de 70. 

Carlos Alberto, Pintinho, Doval, Rivelino, Paulo César Caju, Dirceu e companhia deixaram seus nomes gravados na história tricolor, que agora vai em busca de novas páginas gloriosas, sob a batuta de Carlos Alberto Parreira. Para Horta, o time que lhe foi entregue este ano é um merecido prêmio àquele que, em 1999, já com o prestígio de campeão do mundo, topou pegar o comando técnico do clube então na Terceira Divisão, “salvando-o da maior humilhação de sua história”. 

Apesar da convicção da força do elenco, Francisco Horta ainda enxerga falhas em sua engrenagem. Para o Presidente Eterno, faz-se necessária ainda a contratação de um lateral-direito experiente e de um volante habilidoso. “Estamos pensando grande”. 

Sobre a estréia de Fred neste domingo, a quem considera um artilheiro de alta categoria, Horta acredita que será o começo de uma nova era. Para ele, mortos e vivos testemunharão o pontapé inicial de uma histórica trajetória. 

Leia agora a íntegra do depoimento deste dirigente-mito. 

“Eu quero anunciar com pompa e circunstância que está sendo construída uma nova Máquina Tricolor. A prova provada disso foram as contratações do centroavante Fred e do técnico Carlos Alberto Parreira. Um, craque, artilheiro de nível de Seleção Brasileira, com registro no Guinness, por ter marcado o gol mais rápido do mundo (3,14s). O outro, o festejado técnico tetracampeão mundial com muitos bons serviços prestados ao clube. Ele tem o cheiro do Fluminense, seu clube do coração, como ficou demonstrado quando, com toda a sua fama internacional, aceitou comandar o clube então na Terceirona e, com um time tecnicamente modesto, salvou-nos da maior humilhação de nossa história mais que centenária. 

“Agora, nove anos depois de sua saída, mereceu ser premiado pela diretoria e pela generosa parceira para comandar um belo time de futebol, sobretudo do meio-campo pra frente, com craques da qualidade de Fred e Leandro Amaral e de Thiago Neves e Conca. 

“Como serão cerca de 70 jogos até o fim do ano, penso que seriam utilíssimos a incorporação ao elenco de um experiente lateral-direito e de um volante habilidoso. “Clube grande, com tradição, tem de pensar grande. Tem de ter ídolos, senão morre. O Flu está pensando grande, haja vista o elenco contratado e enriquecido com a aquisição de Fred, ainda jovem, com 25 anos, com plena capacidade atlética e artilheiro de alta categoria. 

“Sei que custam caro, mas dão retorno em títulos de campeão e do dinheiro investido. Rivelino, nos anos 75/76/77, cobriu o clube de glórias e pagou em dois anos o investimento milionário então feito. 

“Portanto, a torcida do Fluminense tem de prestigiar a estréia de Fred no jogo contra o Macaé, no próximo domingo. Mortos e vivos, como dizia Nelson Rodrigues. 

“Será o início, certamente, de uma histórica trajetória. 

“Saudações tricolores”

Francisco Horta 

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Quentinha do forno, está saindo a primeira edição da Revista Digital da Torcida Tricolor, novo modelo de publicação formatado em DVD. 

O primeiro numero traz uma brilhante entrevista com o presidente da patrocinadora do Fluminense, Celso Barros, que fala sobre a parceria da Unimed, retorno de mídia, o porquê da escolha pelo Flu e investimentos na estrutura do clube. Saiba também por que Mário Bittencourt vem sendo considerado o novo José Carlos Vilela dos tribunais. 

Evandro Mesquita falando sobre a paixão pelo Flu, detalhes do primeiro título nacional do Flu em 1970 e noticiários sobre a chegada de Parreira e Fred são outras temas palpitantes desta imperdível revista. 

Ah, tem também um artigo do escriba aqui, gentilmente convidado por Beto Meyer, idealizador do projeto. 

Se você, como eu, ficou com água na boca, saiba como assinar a revista acessando o site da Torcida Tricolor, disponível na lista de links do Blog do Flu (ao lado direito). 

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Nem mesmo o estreante da noite, Carlos Alberto Parreira, gostou da atuação do time contra o Volta Redonda. A vitória por 2 a 1 (gols de Thiago Neves e Conca) não convenceu, mas deixou o Fluminense na liderança do Grupo A com seis pontos. 

Com pouca movimentação e um esquema ainda indefinido, o Fluminense jogava preso e pouco ameaçava o gol de Edinho. Quando Thiago Neves, de falta, abriu o placar, o time pouco evoluía em campo. Com o pífio apoio dos laterais e sem criatividade no meio, o Tricolor dependia de recuos de Neves e de lampejos de Conca para chegar ao ataque. 

Aos 26, Junior Baiano aproveitou falha de Luis Alberto e empatou. A partir daí, a zaga tricolor passou a ser perseguida pela torcida, sobretudo Edcarlos, que deixava espaços.

No segundo tempo, o Fluminense desempatou logo aos 12 minutos. Conca aproveitou passe de Éverton Santos e só escorou. A entrada de Diguinho e Leandro Bomfim não mudou o panorama da partida, embora tenham ajudado na marcação e liberado de vez Thiago Neves para o ataque. 

No fim, dois sustos quase impediram que Parreira iniciasse seu trabalho com uma vitória. “Sempre estreei ganhando e não seria diferente no meu Flu”. 

Ciente da importância de Fred, Parreira acredita que o time ganhará com sua entrada um centroavante de ofício, já que Thiago Neves e Everton Santos não são jogadores de área. “Ganharemos um autêntico camisa 9”. 

Que o Flu ganhe também um padrão de jogo e nas mãos de Parreira defina de vez seu esquema. “Meu quebra-cabeça e enigma estão só começando”. 

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Crédito das telas: Gabriel Gonzales (distintivo) e Antônio Tom (Parreira). 

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Domingo tem casa cheia no Maraca.  

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Esta coluna é publicada duas vezes por semana (geralmente às segundas e quintas-feiras), sempre nos dias seguintes aos jogos do Fluminense.