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brasileirão 2007

brasileirão 2007

Na carona da onda retrô, promovida pela Legião Tricolor ao longo da temporada, recebo do leitor David Barbosa sugestão de camisa para a Taça Libertadores da América. Espelhado no dos anos 70, época da Máquina, o modelo é voltado para os dias atuais, tendo o nome da Unimed, patrocinadora do clube, estampado sobre o manto. Com a propriedade de quem conta com o respaldo de inúmeros outros torcedores, inclusive da própria Legião, David faz um apelo à diretoria do clube. Fala, Barbosa!

““João, como torcedor apaixonado, não agüento mais ver as tradições do Fluminense sendo postas de lado. Embora saibamos que hoje o dinheiro fala mais alto, declaro minha insatisfação com o que estão fazendo com o uniforme do Flu a cada temporada. O atual não é de todo feio, o problema é que a camisa tricolor nunca mais foi a mesma. Há muito tempo, sua tradição foi pro espaço, dando vez à modernidade de camisas produzidas por pessoas que ignoram a sua representatividade para nós torcedores. Gostaríamos de ser ouvidos por parte da diretoria e da Adidas, fornecedora do clube. Esperamos contar com o apoio da imprensa e de jornalistas como você, que presa pelos clubes, bem como por suas tradições. Saudações tricolores””.

David, sua sugestão chegará às mãos da direção do clube, fique tranqüilo. Dia 11, estarei reunido com o gerente de Marketing do Fluminense, Nélson Telles, a quem levarei sua idéia. E parabéns pelo modelo. Está mesmo muito bonito. Se fizéssemos uma enquete, tenho certeza de que a maioria dos tricolores assinaria embaixo.

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A presença maciça da torcida do Flamengo nos jogos do clube no returno do Campeonato Brasileiro, como fato que é, deve, sim, ser noticiada pelos mais diversos órgãos de imprensa de nosso país. Discordo, porém, de alguns deles que fazem disso plataforma política para que o clube rubro-negro ganhe a licitação do Maracanã, que no fim das contas deverá mesmo ficar sob os cuidados da dupla Fla-Flu e CBF. Pior: por puro oportunismo, omitem informações relevantes sobre médias de público recentes: de 2000 para cá, o Fluminense, por exemplo, teve a maior média entre os clubes cariocas em três ocasiões (2000, 2001 e 2002), ficando também em 2005 à frente do clube rubro-negro, ano em que o rival teve a pior média entre eles.

Aborrecidos com este evidente favorecimento, os leitores Ronaldo Fonseca e Caio Barbosa me escrevem para criticar a postura passiva do presidente Roberto Horcades, que escuta calado as falações da cúpula rubro-negra, representada por Márcio Braga e Kléber Leite.

Pelo visto, a Libertadores já começou.

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E por falar nela, a Conmebol estabeleceu que Flamengo e Santos, a exemplo de Flu e São Paulo, também serão cabeças-de-chave. Com isso, um possível Fla-Flu só poderá acontecer nas oitavas, quartas ou semifinais, já que, desde 2006, o regulamento não permite que dois clubes de um mesmo país se enfrentem na grande decisão.

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Bastidores da saída do Prêmio Craque Brasileirão-2007, realizado dia 3 no Teatro Municipal. Acompanhado de sua esposa, o presidente do Flu, Roberto Horcades, ao término da premiação, foi cercado por repórteres que o indagaram sobre possíveis reforços para 2008. Impaciente, sua mulher clamava para que fossem embora. Horcades, porém, não arredava pé do hall. Cansada e querendo chegar logo em casa, em dado momento, a esposa do cartola explodiu. “”Eu vou embora, Roberto! Você quer ficar aí fazendo política…””

Como diria Renato Maurício Prado, do Globo, pano rapidíssimo.

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Outra no teatro. Em conversa ao pé do ouvido com Thiago Silva, parabenizei-o pela Bola de Prata da revista Placar. O “melhor zagueiro do Brasil” confidenciou a mim que está mesmo muito confiante na conquista do título da Libertadores.

Resta aguardar o dia 14 chegar para o anúncio do pacotão tricolor.

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Se Bola de Prata já é artigo de luxo, o que dizer então da Bola de Ouro? Pois foi justamente outro tricolor que a levou: por sua regularidade no Campeonato Brasileiro, Thiago Neves alcançou o maior índice da competição, tornando-se o melhor do ano de nosso futebol.

Apesar da justa premiação, Neves deve ser mais bem assessorado em suas declarações. A torcida reconhece seu bom futebol, mas paciência tem prazo de validade.

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Parabéns à torcida do Bahia, dona da maior média de público do futebol brasileiro na temporada, com mais de 40 mil pessoas por jogo.

São os Tricolores, sempre em alta.

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Biclassificado

 

seg, 03/12/07
por joao marcelo garcez |
 

 

O Fluminense encerrou sua participação no Campeonato Brasileiro em grande estilo. Na despedida do zagueiro Antônio Carlos do futebol, aplicou um autêntico chocolate no Santos, que há quatro meses não perdia na Vila Belmiro. Com a vitória por 4 a 2 e o tropeço do Palmeiras, o Tricolor terminou a competição no concorrido G-4, grupo seleto de clubes brasileiros classificados à Libertadores. Mas nem precisava. Campeão da Copa do Brasil, o Flu pôde se dar ao luxo de “ceder” a vaga ao Cruzeiro, quinto colocado.

O quarto lugar do Fluminense, que disputou o campeonato com dignidade e profissionalismo, obrigou muita gente a se calar. Especialmente, os que diziam que o clube não tinha time para se classificar pra Libertadores via Brasileirão. Não bastante, pela quinta vez nos últimos sete anos, o Tricolor foi o carioca que mais pontuou na competição. Só que desta vez teve a companhia do Flamengo, que chegou aos mesmos 61.

Se levarmos em consideração somente a era dos pontos corridos (2003 pra cá), o Fluminense também está na dianteira com 293 pontos, cinco a mais que o Fla. Números que não deixam dúvidas sobre a superioridade do clube em nível nacional neste século XXI.

O resto é conversa fiada.

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Nos 38 jogos desta edição do Brasileirão, o Fluminense marcou 57 gols (média de 1,5 por jogo) e sofreu apenas 39 (média de praticamente um por jogo), números que dão ao Tricolor a condição de sexto melhor ataque e segunda melhor defesa do campeonato. Além disso, com apenas nove derrotas, foi o segundo time que menos perdeu.

Apesar da boa trajetória e de alguns jogos memoráveis, a arrancada tricolor só aconteceu mesmo no segundo turno (deste espaço, inclusive, sugeri que isso poderia ocorrer. Vide crônica “Taça Amizade Tricolor vive”, de 23 de agosto), em que terminou na vice-liderança, ao lado do Santos, com 35 pontos, apenas dois a menos que o líder, São Paulo. Foi no returno, inclusive, que obteve dez de suas 16 vitórias na competição, marcando ainda 36 dos 57 gols.

Diante disso tudo e da “nova” classificação à Libertadores, ninguém pode dizer que o Flu não fez um trabalho bem feito. Palmas ao comandante e comandados.

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E Renato Gaúcho tem mesmo do que se orgulhar. Além de conquistar um título inédito para o clube no primeiro semestre, ainda levou o Fluminense à sua melhor colocação em Brasileiros desde 2002, quando, coincidentemente, o Tricolor, também dirigido por ele, terminou na mesma quarta colocação.

Moderno e com boa percepção tática, Renato é hoje um dos três melhores treinadores do futebol brasileiro.

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Quando a bola rolou, um Fluminense envolvente, com jogadas ensaiadas (como no segundo gol) e toque de bola refinado, surpreendeu o Santos, que por incompetência de Adriano Magrão não saiu atrás logo no primeiro minuto: o atacante tricolor, de frente para o gol vazio, chutou no travessão. Aos 18, Gabriel bateu bonito de fora da área, mas a bola pegou na quina. Melhor na partida, o Tricolor não soube aproveitar as oportunidades que criou. E acabou levando.

Mas a superioridade do Flu era tão evidente que menos de oito minutos depois do gol de Rodrigo Souto o time já havia virado o placar: gols de Adriano Magrão e Luiz Alberto, que já está se acostumando a marcar a favor do Flu em jogos com o Santos (foi assim nos últimos quatro, incluindo os dois da temporada passada, quando, ainda pelo time paulista, marcou duas vezes contra sua própria equipe). Thiago Neves, o melhor em campo, participou de ambas as jogadas.

Solto e com desenvoltura, o apoiador tricolor também deixou o seu no início da etapa final – o 12º no campeonato, número expressivo para um jogador de meio-campo. Com a boa vantagem no marcador e com Romeu no lugar de Magrão, machucado, o Flu diminuiu um pouco o ritmo e acabou sofrendo o segundo, após Alessandro aproveitar rebote de Fernando Henrique. O gol de Arouca, o quarto do Flu, desanimou de vez o time dirigido por Vanderlei Luxemburgo, que pôs o ex-tricolor Petkovic nos minutos finais. Em vão: em dois confrontos com o Flu, o Peixe perdeu duas vezes (3 a 0 e 4 a 2) de maneira contundente.

Uma despedida para a galera tricolor passar as festas de fim de ano confiante e com ótimas perspectivas do que virá em 2008, quando, com um elenco ainda mais forte (o clube anunciará o pacotão dia 14), deverá fazer frente na Taça Libertadores da América.

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As eleições no Fluminense, que teve Roberto Horcades reeleito para mais um triênio, aconteceram sob clima de paz e fidalguia. Como rezam as tradições tricolores.

À direção do clube, sucesso, competência e muitas conquistas na nova gestão.

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Em entrevista ao programa “Tá na área”, do canal a cabo SporTV, o técnico Renato Gaúcho disse que o nível técnico dos jogadores que estão sendo contratados para a próxima temporada é tão bom que não precisará de mais do que duas semanas para entrosá-los. Só no ataque, ainda segundo Renato, o time contará com quatro atletas de nível parelho, causando-lhe forte dor-de-cabeça para definir os titulares.

As palavras de Renato Gaúcho somadas as de Celso Barros, que desdenhou da recusa de Riquelme, dizendo que, com ou sem ele, o Flu levaria a Libertadores, fazem a galera pensar num time de enorme potencial.

O sonho da América, devagarinho, começa a ganhar contornos palpáveis.

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Há duas semanas do sorteio dos grupos da Libertadores, Fluminense e São Paulo, campeões nacionais, encabeçam chaves da competição, permitindo que tenhamos clássicos como Fla-Flu e São Paulo x Santos logo na primeira fase.

A Libertadores-2008 promete mesmo ser imperdível.

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Pompa e circunstância

 

seg, 26/11/07
por joao marcelo garcez |
 

 

Dizem que o tempo é implacável para os maiores jogadores da história do futebol. Verdadeiros artistas da bola, craques como Rivellino acostumados a encantar platéias colossais com seus dribles fabulosos e jogadas magistrais também se retiram dos campos. Mortais, por ora fazem-nos esquecer que os heróis também envelhecem.

Trinta anos e quatro dias depois, aos 61, Roberto Rivellino se emocionou ao voltar a vestir a camisa do Fluminense, clube que defendeu por três temporadas e pelo qual, ao marcar no último minuto da prorrogação, conquistou seu primeiro título no Brasil, após ser campeão mundial em 70: a Taça Guanabara de 1975.

Sem pisar num campo de futebol há 11 anos, como ele mesmo revelou, Riva comandou um time máster do Fluminense na preliminar do jogo dos profissionais contra o Juventude. E somente por isso, muitos pais contemporâneos à Máquina de Horta levaram seus filhos ao Maracanã para que tivessem a oportunidade ímpar de testemunhar uma partida de um jogador que, unanimamente, fora ídolo deles.

Desta forma, com tricolores de várias gerações, a equipe estrelar do Flu não demorou a abrir o placar contra um time que contou até com José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras. Aproveitando cruzamento do ponta Paulinho, herói do Estadual-85, Assis, que também jogou com a 10, cabeceou para o fundo da rede. Ídolo nato, deu a mão a dezenas de torcedores situados nas cadeiras inferiores do estádio como forma de retribuição aos que clamavam por uma foto. “”Jogar com Rivellino foi mais uma conquista em minha vida. O tempo nos reserva surpresas incríveis””, falou o Carrasco do Rubro-Negro.

Esquivando-se da marcação adversária e do tempo, Rivellino mostrou por que ficou conhecido como Príncipe das Laranjeiras: ainda que em ritmo lento, fartou-se de distribuir jogo e de fazer lançamentos de até 40 metros. Para agradar a torcida, ainda deu o famoso elástico, que eternizou um gol seu contra o Vasco. Momentos de puro encantamento.

Quando sentiu dores e pediu para sair, o juiz foi aconselhado a terminar o primeiro tempo para que Rivellino fosse saudado pela torcida e desse uma volta olímpica, relembrando um dos períodos mais vitoriosos de sua carreira. Cercado por repórteres, Riva escancarava toda a sua alegria. ““O Fluminense me deu tudo: carinho, apoio e um time maravilhoso, com o qual tive a felicidade de jogar””, disse, radiante. ““Ser recebido desta forma mesmo após três décadas me deixa sem palavras. É demais pra mim””, completou.

E assim, muito homenageado, Riva viu o quão querido é no Fluminense. Dentro e fora do campo, sobraram brincadeiras e sorrisos neste jogo de luxo, que fez milhares de torcedores resgatarem anos gloriosos, inesquecíveis.

Na mente e no coração dos tricolores.

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Além de Rivellino, Assis e Paulinho, integraram ainda o time de estrelas jogadores como Búfalo Gil, Rubens Galaxe, Duílio, Marco Antônio, Delei, Wilsinho e Renê, com os quais ganharíamos a Libertadores com um pé nas costas.

Quem há de duvidar?

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Renato Gaúcho? Não, este aí disse que tinha que se preparar para o jogo de fundo, em que dirigiria a equipe profissional. Além do mais, Renato disse que não poderia se juntar aos veteranos porque nunca jogou bola.

“”Eu dava é espetáculo””, disse, num misto de deboche e fanfarronice.

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E por falar no jogo dos profissionais, a vitória por 3 a 2 foi importantíssima para que o Fluminense se despedisse da vitoriosa temporada 2007 de bem com a torcida, que só vai voltar a ver o time no Rio dia 19 de janeiro, data da abertura do Estadual-2008. Além disso, o time ganhou mais uma posição na tabela, chegando ao quinto lugar. Se vencer o Santos na última rodada, o Tricolor poderá terminar o Brasileirão na quarta posição, igualando colocação de 2002, quando, coincidentemente, também era dirigido por um ainda inexperiente Renato Gaúcho.

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Destaque da partida? Não poderia ser outro: Arouca, claro. O volante tricolor talvez tenha feito sua melhor partida no campeonato: além dos dois belos gols, feito inédito na sua carreira, participou da maioria das jogadas de ataque, auxiliando os laterais em seus avanços. Incansável, ainda combateu com firmeza no auxílio ao trio de zagueiros.

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Não fosse o gol de cabeça no final, diria que Cícero foi peça nula no ataque. Mas como futebol é bola na rede…

Soares é outro que está dando sopa ao azar: mais uma vez, não aproveitou a oportunidade que lhe foi dada. E olha que o adversário não era lá essas coisas, hein?

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Depois de atuarem bem contra o Palmeiras, Fernando Henrique e Thiago Neves estiveram em noite nada inspirada. Principalmente o goleiro, que com duas falhas clamorosas fez de tudo para que o time não saísse de campo com os três pontos.

É recomendável que o Fluminense contrate um camisa 1 tarimbado para a Libertadores. Ou que aposte em Diego, vice-campeão desta competição em 2005.

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Roberto Horcades, Peter Siemsen e Paulo Mozart? Quem presidirá o Fluminense pelos próximos três anos?

Com a palavra, você tricolor!

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O valor de Fabinho em xeque

 

dom, 18/11/07
por joao marcelo garcez |
 

 

O erro fatal contra o Palmeiras parece ter sido a gota d´água para que muitos torcedores pedissem a saída de Fabinho do time do Fluminense. Contratado no início do ano para o lugar de Marcão, desde sua chegada ao clube, o volante nunca teve vida fácil nas Laranjeiras. Muito hostilizado durante todo o Estadual, ganhou sobrevida após a conquista da Copa do Brasil. Ainda que a contragosto, a torcida, ao menos, deixou-o em paz durante parte do Brasileirão.

Campeão brasileiro pelo Santos (2004) e mundial pelo Internacional (2006), Fabinho tem até títulos importantes em seu currículo. Em todos, porém, foi apenas coadjuvante de elencos recheados de bons jogadores dirigidos por técnicos bem-sucedidos como Vanderlei Luxemburgo e Abel Braga. Fosse imprescindível, não teria sido facilmente liberado pelo clube gaúcho após a conquista colorada no Japão.

Confesso que, durante algum tempo, cheguei a ficar em cima do muro nesta questão. Tricolores ligados a mim viam Fabinho como um jogador combativo, importante no desarme adversário, muito em função de sua disposição física. Alegavam que o Flu praticamente não perdia quando o jogador estava em campo. As últimas atuações de Fabinho, porém, me deixaram convencido de que o Tricolor merece coisa melhor para a posição.

Há muito, a tese de que volantes não precisam criar deveria ter sido enterrada. Só para ficar no futebol brasileiro, jogadores como Hernanes, a quem escalei para a seleção do campeonato (vide abaixo), e Arouca estão aí para não me deixar mentir. Ambos aliam uma coisa à outra, juntando-se aos apoiadores do time na criação de jogadas de ataque.

Discordo, porém, dos que pedem a sua saída das Laranjeiras. Embora também ache que não há vaga para ele entre os 11 titulares, Fabinho poderá ficar como opção para jogos em que o Flu precisar segurar o sufoco adversário nos minutos finais.

Mas, ainda assim, se diminuir consideravelmente o número de faltas bobas próximas à área e a enxurrada de cartões que recebe.

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Bastidores de uma conversa telefônica entre mim e Arthur Muhlenberg horas antes do jogo entre Fluminense e Palmeiras.

- E aí, João! O Fluzão vai levar essa hoje pra nos ajudar, né? – disse apreensivo o blogueiro do Flamengo
- Vai sim, Arthur! Gravatinha me disse que devolveremos a derrota de 2005 pelo mesmo placar: 3 a 2.
- Beleza, então! Vemo-nos na Libertadores.

O que aconteceu todo mundo já sabe: o Palmeiras ganhou de 1 a 0 e Gravatinha enganou até a mim, já que sequer deu as caras no Parque Antártica. ““Também com aquele dilúvio, o que você queria, João?”.”

Pior pro Fla.

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Confesso ser avesso a estas listas de craques do campeonato, geralmente cercada de bairrismos e interesses duvidosos, mas como se trata de uma quase obrigação para quem trabalha no meio, vá lá, divulgo a minha.

Felipe (Corinthians), Souza (São Paulo), Breno (São Paulo), Thiago Silva (Fluminense) e Kléber (Santos); Hernanes (São Paulo), Richarlysson (São Paulo), Íbson (Flamengo) e Thiago Neves (Fluminense); Acosta (Náutico) e Dodô (Botafogo). Técnico: Roberto Fernandes (Náutico).

Muitos podem estranhar a escolha de Roberto Fernandes para técnico do campeonato. A estes, lembro que ele assumiu o comando do time pernambucano quando o rebaixamento do Timbu parecia iminente. Com um elenco modesto, Fernandes tirou o Náutico do fundo do poço, colocando-o em condições de disputar uma vaga para a Copa Sul-Americana, o que seria um grande feito para um clube recém-promovido da Segunda Divisão. Em tempo: a duas rodadas do fim, o Náutico, com 26 pontos, é hoje o dono da sétima melhor campanha do returno do Brasileirão.

***
Preterido pelo técnico Beto Almeida, Marcão não vem jogando pelo Juventude. Ainda que fique no banco contra o Flu, o volante poderá ver o clube que hoje defende ser rebaixado justamente pelo outro que, com muito profissionalismo, defendeu durante oito anos e pelo qual se diz muito agradecido.

O destino, às vezes, nos prega peças difíceis de acreditar.

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Contactado pela produção do programa Momento Esportivo, da Rádio Brasil, o empresário de Riquelme admitiu que vem conversando com integrantes da diretoria do Fluminense. Embora o procurador não tenha querido entrar ao vivo, a declaração de Branco no dia seguinte de que, ainda que difícil, a vinda do craque argentino não é impossível, deixa a galera tricolor esperançosa para este fim de ano.

O momento, porém, requer calma e boa dose de paciência.

Sem jamais perder a esperança.

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Um digno campeão

 

qui, 15/11/07
por joao marcelo garcez |
 

 

O torcedor tricolor assistiu à partida contra o Palmeiras na última quarta-feira com uma certeza: a de que seu time pisou no Parque Antártica já classificado para a Taça Libertadores da América.

Nem por isso o campeão da Copa do Brasil deixou de lado sua dignidade, atuando de maneira briosa contra um adversário que também almeja uma vaga na competição mais importante das Américas.

Escalado com sua força máxima, o Fluminense, mais organizado taticamente, chegou até a dominar nos primeiros 25 minutos da partida. Thiago Neves, que se confessou ansioso antes do jogo por todo o imbróglio causado com os dois clubes, foi a melhor opção de criação do time enquanto a chuva deixou. O apoiador chegou até a cabecear uma bola na trave no fim do primeiro tempo, em bola que ainda bateu em Diego Cavalieri.

Seu xará, Thiago Silva também teve atuação destacada na proteção à defesa tricolor. O zagueirão do Flu afirmou esta semana que nenhuma proposta o impedirá de disputar a Libertadores, um velho sonho do jogador, com a camisa do Flu.

Outro que brilhou foi o goleiro Fernando Henrique. Em noite inspiradíssima, fez três defesas de puro reflexo. No lance do gol de Rodrigão, não falhou. Mas poderia esperar a definição do lance em vez de cair pra sua direita, dando todo o gol pro atacante alviverde arrematar a jogada.

O mesmo não pode se dizer de Fabinho, que conseguiu falhar duas vezes numa mesma jogada. Primeiro, ao perder a bola na sua intermediária no lance que originou o gol do Palmeiras. Depois, na tentativa de tirá-la, chutou-a contra a própria meta. Na câmera da TV Globo colocada dentro do gol tricolor, percebe-se que a bola não entraria se não fosse tocada pelo volante. Uma lástima!

Júnior César manteve sua regularidade, ou seja, passou toda a temporada atuando burocraticamente, pouco aparecendo nos lances de erros da equipe, bem como nos de brilhos coletivo e individual. Um lateral mediano é tudo o que o Flu não precisa na Libertadores.

Feitos estes dois registros, é tempo de saudar o digno Fluminense, que, defendendo os interesses do coirmão Flamengo, não pensou duas vezes em escalar seus 11 titulares, não colocando seu terceiro goleiro em partida que interessava a terceiros.

Coincidência ou não, o treinador que o fez há 11 anos está novamente no comando rubro-negro. Assim como também foi coincidência o placar da partida: o mesmo 1 a 0.

Para quem não interessava, claro!

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Quer lembrar de gols históricos de campeonatos passados? Então participe do AudioPops, um divertidíssimo jogo lançado pelo Globoesporte.com. Para isso, basta que você ouça a narração e tente adivinhar o ano e a competição a qual ela se refere.

Divirta-se!

https://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/Campeonatos/0,,MUL179709-4276,00.html

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Há exatos seis meses, este Blog do Flu estreava no Globoesporte.com. Vinte e dois dias depois, o Tricolor já conquistava o Brasil com atuação de fibra em Florianópolis. O que mostra que o espaço é mesmo pé-quente.

Também ao longo destes 180 dias, você, leitor, concordou e discordou inúmeras vezes deste que vos escreve. Pois como você, sou apenas mais um torcedor do histórico e secular Fluminense Football Club. Críticas, elogios e sugestões estão, portanto, dentro do contexto.

Em outubro, o Blog do Flu obteve um crescimento de 95% em relação ao início deste vitorioso projeto.

O que prova que sem você não seríamos nada.

Por isso tudo, amigo leitor, muito obrigado por seu carinho e audiência. Se tudo correr bem, no aniversário de um ano da coluna o Tricolor estará trilhando o caminho da conquista da América.

Pra minha, sua, nossa felicidade! Viva o Flu!

E viva você, tricolor!

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Penta é o Flu

 

dom, 11/11/07
por joao marcelo garcez |
 

 

Desde a definição do título brasileiro, o noticiário esportivo do país vem sendo tomado pela polêmica em torno de quem verdadeiramente é o primeiro pentacampeão da história. Respondo-lhes, sem titubeios: nem Flamengo, nem São Paulo. O primeiro clube cinco vezes campeão brasileiro chama-se Fluminense Football Club.

Não, não padeço de esquizofrenia ou coisa parecida. O Flu é, desde os anos 80, o detentor desta marca. Afinal, ao bater o Juventus na decisão da Copa São Paulo de 1989 (gol de Silvio), o Tricolor levantou pela quinta vez o troféu de campeão brasileiro de juniores, sagrando-se o primeiro e então único pentacampeão do país. E não me venham com lamúrias ou declarações contrárias: na falta de uma competição organizada pela CBF para a categoria, a Copa São Paulo é, desde 1971, o campeonato brasileiro de juniores (em 1969 e 1970, apenas equipes paulistas integravam-na).

Além da conquista de 1989, o Fluminense triunfou ainda em 1971, 1973, 1977 e 1986. Títulos incontestáveis que fazem do clube uma força nacional – e internacional, como na conquista do Mundial Interclubes-2005 (categoria júnior), após virar para cima do Boca Juniors (ARG) na semifinal e bater o Espanyol (ESP) na grande decisão.

Encerrada a questão, flamenguistas e são-paulinos podem agora relaxar e refrescar a cuca. Mas se ainda assim quiserem continuar se degladiando, disputarão, no máximo, o posto de SEGUNDO pentacampeão brasileiro.

E é isso: todo mundo tenta, o Fla lamenta (o São Paulo também), mas o Flu é o primeiro penta.

***
Toca o telefone e do outro lado está o Gravatinha. Já em São Paulo, o fantasminha se diz pronto para o jogo contra o Palmeiras.

““João, quarta estarei no Parque Antártica para testemunhar o triunfo tricolor nesta revanche histórica contra o Porco””.

Pergunto a que exatamente se refere e Gravatinha se enfeza. ““Ora! Há dois anos estou com ele engasgado na garganta. Estávamos com a classificação à Libertadores praticamente assegurada e fizemos o papelão de perder os cinco últimos jogos do Brasileirão, sendo o derradeiro contra o Palmeiras””.

“”É verdade! Chegamos a estar vencendo por 2 a 1 a 20 minutos do fim e entregamos o ouro”, lamentei, fazendo, porém, uma ressalva. “Mas sua bronca deveria ser com o próprio Flu, Gravatinha! Foi ele que não teve a competência de não somar míseros três pontos em 15 disputados””.

““Pode ser! Mas o jogo que ficou marcado negativamente em nossas memórias foi este, em que vimos nossa vaga ir embora ao apito final do Héber Roberto Lopes, que, vergonhosamente, deu menos de dois minutos de acréscimo naquele conturbado segundo tempo. Por isso que agora quero que provem do mesmo veneno””.

“Lembro-o que um triunfo contra o Palmeiras ajudará o Flamengo, que também está na briga por uma das vagas à Libertadores”.

““Sei disso, João! Como rival, posso até torcer pelo insucesso rubro-negro. Mas não posso deixar de pensar também sob o aspecto promocional: um Fla-Flu na Libertadores seria maravilhoso para ambos, que se projetariam em níveis estratosféricos ao fazerem do maior clássico do país um evento de âmbito internacional. Mais: o Maracanã sediaria dois jogos ímpares de sua história e, claro, testemunharia mais um triunfo tricolor sobre seu maior rival, fato mais que costumeiro nas decisões entre eles’”.

““Você está certo, Gravatinha!”, apoiei. “Vamos pra cima do Palmeiras! Doa a quem doer e beneficie a quem beneficiar! Temos que fazer o nosso””.

E desliguei o celular.

***
Em tempo: se o Flamengo conseguir mesmo sua vaga à Libertadores, juntando-se ao Flu na disputa da edição de 2008, uma injustiça histórica estará sendo reparada. Em 1993, a dupla Fla-Flu já deveria ter integrado aquela competição. É que o Rubro-Negro conquistou o Campeonato Brasileiro daquele ano, e o Fluminense foi o “campeão” da Copa do Brasil.

Um tal paulista despeitado, porém, não quis ver o clássico carioca na maior competição das Américas. José Aparecido de Oliveira literalmente inventou um pênalti para o Internacional a três minutos do fim da decisão, tirando o troféu da mão do Fluminense – e, por tabela, a vaga na Libertadores -, entregando-o de bandeja ao time gaúcho.

Não foi à toa que, na volta pra casa, Zé Aparecido foi expulso do avião em que viajaria. É que, pra sua infelicidade, lá estava a delegação tricolor, que, revoltadíssima, cuspiu marimbondos pra cima do “árbitro”. O lateral-esquerdo Lira, um dos mais inconformados, chegou a desferir um soco na cabeça de Zé Aparecido, como me contou o próprio treinador tricolor à época, Sérgio Cosme.

***
Pintou o camisa 9 da Libertadores: Washington é o cara!

Dá-lhe, Coração de Leão!

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Confiança

 

dom, 04/11/07
por joao marcelo garcez |
 

 

Nada como um dia após o outro. Num intervalo de apenas 72 horas, o Fluminense venceu Figueirense e Náutico e fez as pazes com a galera tricolor, que andava meio jururu com o time após as fracas apresentações contra Goiás e Atlético-MG. De quebra, o Flu subiu para o quinto lugar (escrevo antes do fechamento da rodada) e, com 55 pontos, pode entrar no G-4 já na próxima rodada, quando enfrentará o Palmeiras, no Parque Antártica.

O jogo contra o Náutico foi até animado. Teve dilúvio, bola na trave, gol de lateral, gol de artilheiro, pênalti mal marcado… Os 17 mil tricolores que foram ao Maracanã certamente não se arrependeram de terem trocado o cineminha de sábado à noite pelo compromisso com o clube do coração.

Gostei muito do Arouca. Voluntarioso, apareceu por diversas vezes em jogadas de ataque do Fluminense, arriscando inclusive algumas finalizações. Foram dos pés do volante que saíram as jogadas dos dois gols de Gabriel, que, com estilo, voltou a marcar com a camisa tricolor, o que não ocorria desde a sua passagem em 2005, quando entrou para a história dos Campeonatos Brasileiros como o lateral que mais balançou a rede numa mesma edição desta competição (16).

Thiago Silva – este já não é mais surpresa – também esteve firme na proteção à zaga. Em dado momento da partida, vendo que o Náutico pouco ameaçava, o jogador se aventurou a subir à intermediária adversária, de onde, aliás, quase marcou um golaço, ao encobrir o goleiro Fabiano, que ainda tocou com a ponta dos dedos. O desvio providencial evitou o gol (a bola ainda bateu por cima do travessão) de Thiago, que voltou rindo, já que esta não era a sua real intenção.

Luiz Alberto e Roger (principalmente) também fizeram um partidão. O herói do título da Copa do Brasil desarma e arma como poucos. Habilidoso, faz ainda jogadas de linha de fundo. Com sua experiência, Roger será utilíssimo ao Flu na Libertadores do ano que vem.

Ao contrário da defesa, o ataque foi sofrível. Magrão e Soares, atabalhoados, pouco produziram. Soares até procura jogo, é verdade, mas, muito afobado, perde as jogadas com incrível facilidade. Já Magrão não deveria sequer sair da área, já que, desprovido de qualquer habilidade, não é útil ao time na criação de jogadas.

As jovens revelações Léo e Tartá (que entrou nos minutos finais) desta vez não marcaram, mas não por falta de oportunidade. Após centro na área, Léo furou a bola quando bastava escorá-la para ampliar o marcador. Uma pena! Pouco a pouco, porém, vão se acostumando com o time de cima e logo estarão mais soltos em campo.

Garotos e craques à parte, o Flu vem dando mostras de não querer hesitar nesta reta final de Brasileirão. Um claro sinal de que deseja contar com o apoio da imensa e fiel torcida tricolor.

Agora e na hora da nossa festa maior: a Libertadores.

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E não é que o juizão resolver acabar com a graça do Flu! Inventou um pênalti pro Náutico no fim do jogo que impediu o Tricolor de vencer mais uma vez por 2 a 0 (como ocorrera nas seis vitórias anteriores). Em tempo: em outro lance polêmico da partida, Thiago Silva até segurou Acosta, mas o atacante uruguaio valorizou o lance, atirando-se no chão.

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Renato Gaúcho foi muito franco após a partida. O técnico do Fluminense disse que, apesar de bom, o time ainda está verde para a disputa da Taça Libertadores da América. E como não quer ir “a passeio” para a mais importante competição do nosso continente, tem feito reuniões fechadas com Branco e Celso Barros para trazer três nomes de peso e com experiência internacional.

O que estará nos reservando o saco de presentes do nosso Papai Noel, Celso Barros?

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Quer um lindo wallpaper do Fluzão com os craques do time na temporada? Acesse
https://i234.photobucket.com/albums/ee283/psbauer/WallpaperFlu_Bauer3.jpg O belo material é de autoria do tricolor Pedro Bauer, que, diga-se de passagem, tem muito bom gosto.

Parabéns, garoto!

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Finalmente, as eleições foram marcadas no clube: será terça-feira, dia 27 de novembro. Em jogo, o destino do Flu no triênio 2008-2010.

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Alvorecer tricolor

 

qui, 01/11/07
por joao marcelo garcez |
 

 

Com a oficialização do título do São Paulo na rodada deste meio de semana (34ª), Fluminense e o time de Muricy Ramalho são, de fato e direito, os campeões das competições organizadas pela CBF na temporada 2007. Os maiores tricolores do país deram, assim, demonstração de força e de que poderão representar bem o nosso país na Taça Libertadores da América.

No mesmo dia em que o São Paulo deu a volta olímpica, o Fluminense lançou contra o Figueirense dois garotos que vinham sendo lapidados nas divisões de base do clube. Colocados no segundo tempo, o apoiador Vinícius Tarta e o atacante Léo (este, já nos minutos finais) mostraram personalidade e fizeram os gols da vitória tricolor no mesmo palco onde há cinco meses o Flu conquistou a Copa do Brasil.

Jogadores de apenas 18 anos, Vinícius e Léo vêm fazendo bonito em 2007. O primeiro, convocado recentemente para a Seleção Brasileira sub-18, foi eleito o melhor jogador e a revelação da Copa Espírito Santo de Juniores. Já o atacante, que até já havia atuado uma vez pelo time principal, fez bonito na Copa São Paulo de Juniores, competição da qual o Fluminense é pentacampeão, e beliscou a artilharia do torneio.

Outro jogador formado na base do clube mas que já atua desde 2003 entre os profissionais do Fluminense é o goleiro Fernando Henrique, que contra o Figueirense completou 150 jogos com a camisa tricolor. O camisa 1, justiça seja feita, teve grande atuação durante todo o jogo, praticando difíceis e importantes defesas, como a que fez aos 32 minutos do primeiro tempo em chute de Jean Carlos. No rebote do lance, André Santos pegou firme e FH se atirou pra defender. A seqüência de defesas arrancou aplausos dos torcedores presentes ao Orlando Scarpelli.

Numa partida em que as crias de Xerém se destacaram teve gol até do lateral Júnior César, também revelado pelo clube. Pena que o árbitro Carlos Eugênio Simon não viu a bola entrar após bater no travessão do goleiro Wilson. Pecado mortal que poderia ter custado dois pontos ao Flu. Aliás, mais dois pontos, visto que, no primeiro turno, Héber Roberto Lopes deixou de marcar três pênaltis escandalosos e o jogo terminou mesmo empatado em 1 a 1.

Desta vez, porém, Tarta e Léo desempataram a partida. Mas é preciso ter calma com os garotos para não queimá-los. Deixá-los treinando com os profissionais já será uma grande medida para esta fase de transição destes jovens e talentosos jogadores.

Que em breve tragam frutos e conquistas ao Flu!

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Bom ter visto Roger em campo, espécie de premiação de Renato. O autor do gol do título da Copa do Brasil se disse emocionado em voltar ao estádio onde, segundo ele, fez o lance individual de maior importância de sua carreira.

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Mas nem tudo são flores. Gabriel segue sem dizer ao que veio, apesar de eu continuar apostando nele; Thiago Neves e seu futebol sumiram de vez após o imbróglio com a assinatura de dois contratos; e Fabinho parece não saber o que fazer com a bola quando a tem sob seu domínio. Este, pelo menos, suspenso, não enfrenta o Náutico.

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O Fluminense definitivamente tomou gosto pela brincadeira e mais uma vez venceu por 2 a 0. As últimas seis vitórias tricolores neste Brasileirão (contra Sport, Atlético-PR, América-RN, Botafogo, Flamengo e Figueirense) aconteceram com este placar.

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Com promoção de ingressos, o Fluminense recebe o Náutico, de Acosta, neste sábado, às 18h10. O time de Recife vem de duas derrotas e está com a corda no pescoço. O Flu não tem nada com isso e quer entrar no G-4.

Jogão aberto à vista.

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Um sonho a mais

 

seg, 29/10/07
por joao marcelo garcez |
 

 

Em excelente entrevista concedida ao Globoesporte.com, o presidente da Unimed, Celso Barros, que há nove anos estampa o nome de sua empresa, líder de mercado, na camisa do clube que há mais de um século tem a hegemonia de títulos no futebol do Rio de Janeiro, revelou importantes detalhes desta parceria, que segundo o próprio empresário, poderá se estender para além de 2009. Uma grande notícia para o Fluminense, que, em tese, poderá contar com grandes elencos pelos próximos anos, decisivos no processo de internacionalização de sua marca.

Depois de ver o Flu retornar à Taça Libertadores da América, uma obsessão de Celso Barros, o ilustre tricolor quer agora, além da própria conquista continental, o título brasileiro, outro velho sonho de Celso, que, entre 2001 e 2005, ajudou o Flu a terminar entre os cinco primeiros colocados desta competição em três ocasiões.

Novo triunfo em um Campeonato Brasileiro ratificaria o Flu como uma das grandes forças do nosso futebol. O clube chegaria ao seu quarto título nacional e, por tabela, à sua quarta Libertadores. A Taça de Prata-1970, o Campeonato Brasileiro-1984 e a Copa do Brasil-2007 já fazem parte da gloriosa história do Flu, que quer alçar vôos ainda maiores já a partir deste 2008, que se aproxima. E no que depender de nosso investidor a galera tricolor terá muito o que comemorar.

E por falar na torcida do Fluminense, a festa feita por ela no Aeroporto Santos Dumont, no Aterro do Flamengo e nas Laranjeiras no dia em que a delegação tricolor chegou de Florianópolis (SC) com o taça da Copa do Brasil na bagagem fez os visionários olhos de Celso Barros marejar. “”Chegar ao clube e ver 20 mil tricolores em êxtase foi muito emocionante. A alegria da torcida, as pessoas nas ruas… Não há como não se envolver””.

Talvez por ter vivido esta encantadora experiência, Celso Barros queira vê-la novamente. A formação de um elenco forte e vencedor está mesmo em seus planos. E se a vinda de Riquelme, apesar de não ser carta fora do baralho, parece depender de uma complicada transação, a contratação de Dodô, o artilheiro dos gols bonitos (vide gol que marcou no último domingo), está cada vez mais próxima. Seria a segunda passagem do jogador pelo Flu, onde já atuou em 1994, quando não teve muitas oportunidades e pouco apareceu. Ferreira (Atlético-PR), que pode ser trocado por Soares, e Leandro Amaral (Vasco) são outros jogadores que podem pintar nas Laranjeiras em janeiro. Além destes, muitos outros nomes estão sendo mantidos em sigilo pela cúpula tricolor.

Por outro lado, a barca que deixará o clube no fim do ano também não deverá ser pequena. Por questões éticas e profissionais, os atletas que farão parte dela ainda não foram oficialmente divulgados, o que só deverá acontecer no dia 2 de dezembro, data da 38ª (última) rodada do Brasileirão. Apesar disso, dá pra imaginar que, entre outros, jogadores como Ivan, Carlinhos, Maurício, David, Cícero, Jean, Soares e Alex Dias deverão integrá-la. Fernando Henrique e Fabinho, apesar de não contarem com o apoio da maioria dos torcedores, têm a confiança de Renato Gaúcho e deverão ser mantidos no elenco, ainda que entre os reservas, principalmente o goleiro.

Ainda na entrevista ao repórter Caio Barbosa, o presidente da Unimed falou de sua expectativa para a Libertadores e do agito da massa pó-de-arroz, que deverá lotar o Maracanã durante toda a competição. ““A torcida tricolor é extremamente animada. É bonito ver mulheres, crianças e famílias indo aos estádios. Não tenho dúvidas de que o Fluminense vai montar um time forte em 2008 e veremos esta festa muitas outras vezes””.

Amém, doutor!

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Celso Barros pode ter se esquivado do assunto Thiago Neves, mas a galera tricolor, não. Vaiou-o durante boa parte do segundo tempo do jogo contra o Atlético-MG. Menos por sua atuação e mais pela péssima conduta demonstrada na assinatura de dois contratos. Ainda que sob influência de um de seus agentes.

Que Fluminense e Palmeiras não saiam lesados dessa história, que tem tudo para se arrastar pelas próxima semanas – quiçá meses.

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E se você, como eu, ficou decepcionado com as duas últimas atuações do Flu contra Goiás e Atlético-MG, siga meu conselho: relaxe aí, tricolor! Esses jogadores que agora nos frustram são os mesmos que há algumas semanas nos brindaram com boas apresentações contra Botafogo, Flamengo e São Paulo (primeiro tempo).

Sei que você dirá que, como profissionais, os atletas têm obrigação de comer a bola durante toda a temporada, independentemente de o time ainda brigar por alguma coisa ou não. Verdade! Mas, convenhamos, esse papo de vestibular do Renato já deu, e, intimamente, o jogador que vive o dia-a-dia do clube já sabe qual será seu destino ao fim do campeonato. Diante disso e da falta de possibilidades de brigar pelo título, como seres humanos que são, dá perfeitamente pra entender (embora não justifique) que o rendimento do time caia nesta reta final.

Terminar entre os seis ou sete primeiros a esta altura já estaria de bom tamanho.

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Uma cena chamou minha atenção neste empate em 1 a 1 com o Atlético-MG. Após uma jogada de ataque do Galo que quase resultou em gol, aos 15 minutos, o técnico Renato Gaúcho, irritado com a apatia do time, apontou para o banco de reservas e, esbravejando, mandou que todos os reservas se aquecessem.

Os suplentes, pianinhos, obedeceram, mas a pressão psicológica sobre os titulares pouco adiantou e o Flu não saiu daquele irritante marasmo.

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Adriano Magrão é mesmo um predestinado. Depois de ser decisivo na conquista da Copa do Brasil, entrará agora para a história desta edição do Campeonato Brasileiro como o autor do gol mais rápido da competição.

Dizer, porém, que não vê muita vantagem na proeza por já ter feitos muitos outros gols como esse é uma mentira de dar inveja ao Pinóquio.

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Fez bem o presidente Horcades em mandar confeccionar uma faixa com os dizeres “”O Maraca é nosso””, exibida na entrada do time em campo no último sábado. É vergonhosa a pressão de parte da mídia para que o estádio seja administrado pelo Flamengo a partir de 2008.

É partir pra briga e colocar a boca do trombone, Fluzão!

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Sem essa de revanche da final da Copa do Brasil. O jogo entre Figueirense e Fluminense nesta quarta-feira será apenas mais um da 33ª rodada do Brasileirão.

Até porque a taça já está nas Laranjeiras e a vaga à Libertadores, assegurada.

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Mais uma vez: “”O Maraca é nosso, Fluzão!””.

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Um rugido (quase) centenário

 

qua, 24/10/07
por joao marcelo garcez |
 

 

Fluminense e Atlético-MG deverão fazer partida equilibrada neste sábado, às 18h10. A seis rodadas do fim, os adversários lutam por objetivos opostos: enquanto o Flu tenta terminar o Campeonato Brasileiro no G-4, o Galo quer evitar novo rebaixamento num intervalo de apenas três anos.

Uma atração à parte do clássico estará do lado de fora do campo. Renato Gaúcho e Leão figuram hoje como dos principais técnicos da atual safra brasileira. Mas se desta vez duelarão em partida nem tão decisiva assim, em 2002, quando o Tricolor comemorava seu badalado centenário, o Rei do Rio e o Rei da Selva por muito pouco não fizeram decisão histórica no Maracanã.

À época, Renato e Leão dirigiam, respectivamente, Fluminense e Santos, que terminaram a fase de classificação do Campeonato Brasileiro em 7º e 8º lugares, conquistando suas vagas às quartas-de-final na bacia das almas. Apesar disso, contrariando expectativas, eliminaram São Caetano e São Paulo e chegaram às semifinais, fase em que enfrentaram Corinthians e Grêmio. O Peixe avançou à finalíssima; o Flu, não. Dirigido por Carlos Alberto Parreira, o Corinthians teve que cortar um dobrado para eliminar o Tricolor: perdeu no Maracanã por 1 a 0 (gol de Romário) e venceu no Morumbi por 3 a 2. Como terminara a etapa classificatória em melhor posição, o time paulista decidiu o título com o Santos.

Peço aos leitores que atentem agora para um lance que por muitos passou despercebido e que, fatalmente, mudaria o curso daquela edição do Brasileirão. O Flu vencia também por 1 a 0 no jogo da volta no momento em que Magno Alves, em posição legalíssima, foi lançado, avançando sozinho pela intermediária adversária. Àquela altura, um segundo gol destruiria psicologicamente o Corinthians, que teria que desfazer uma vantagem de três gols. Lamentavelmente, porém, Magno foi impedido pela arbitragem de decidir a classificação a favor do Flu, que disputaria contra o Santos, de Leão, o título brasileiro.

Já imaginou, amigo tricolor, a festa que faríamos no Maracanã, palco da grande final (isso mesmo, o Maior do Mundo receberia o jogo da volta porque, como já vimos, o Flu terminou a fase de classificação à frente do time paulista).

De um lado, o Santos, com craques como Robinho, Elano e Diego (hoje na Seleção Brasileira). Do outro, o Fluminense, então campeão estadual e em festa pelo seu centenário, empolgadíssimo com o ano histórico e com a boa fase do astro Romário, que, entre muitos outros gols, marcou o seu centésimo em Campeonatos Brasileiros na vitória por 4 a 3 sobre o Figueirense, ainda na primeira fase, também no Maracanã..

Flu e Santos, decisão histórica, Maraca, craques, casa cheia, centenário… Inúmeros ingredientes que povoaram o imaginário tricolor naquele memorável 2002. Final que certamente consagraria um de seus treinadores, como consagrou Leão.

Meia década se passou e quem veste a faixa de campeão hoje é Renato, que, pelo mesmo Flu, tentará o que Leão não conseguiu à frente do Santos.

A Taça Libertadores da América.

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Finalmente, a diretoria tricolor começou a se movimentar em busca de reforços para 2008. Já não era sem tempo. Voltarei ao assunto.

_E-mail:jeferson_ricard@hotmail.com____________________________________________________________________71 comentários »